ELA JÁ CONSUMIU 4 BILHÕES, FORA OS ESCÂNDALOS. E VAI TORRAR MAIS DINHEIRO PÚBLICO.
17:37Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!
RETOMADA DA NORTE-SUL
VAI CUSTAR R$ 195 MILHÕES
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O trecho de 284 quilômetros da
Ferrovia Norte-Sul, ligando Anápolis a Uruaçu, será concluído até dezembro de
2009. Ontem, durante uma audiência pública sobre a ferrovia, realizada no
Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), a Valec - Engenharia, Construções
e Ferrovias anunciou que o governo federal vai liberar este mês R$ 195
milhões em recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a
retomada das obras no trecho goiano, que vai consumir R$ 900 milhões.
O trecho de 358 quilômetros entre Araguaína e Palmas, no Tocantins, que vai
consumir R$ 950 milhões, teve as obras reiniciadas. A expectativa é que o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva venha ao Estado este mês para assinar a ordem
de serviço para retomada das obras. Os recursos serão liberados através de
medida provisória. Concluídos os dois trechos, restará apenas o de Palmas
(TO) à Uruaçu (GO), que aguarda apenas a conclusão de licenças ambientais e
licitação para contratação das obras, mas que tem previsão de conclusão até o
fim de 2010. O novo trecho da Norte-Sul que vai de Anápolis à Santa Fé do Sul
(SP), passando por municípios como Trindade, Santa Bárbara, Indiara, Rio
Verde e Jataí, deve começar a ser construído em 2009.
O presidente da Valec, José Francisco das Neves, informou que a obra terá um
grande túnel em Anápolis, que passará por baixo do cartódromo da cidade, e um
viaduto sobre a rodovia entre Brasília e Goiânia. O Parque das Antas já está
em processo de desapropriação no município, que vai receber R$ 2,5 milhões.
As obras do trecho goiano serão aceleradas a partir de maio, quando termina o
período chuvoso. Três mil homens estarão trabalhando na construção.
Juquinha disse que o fato de a obra ser incluída no PAC é uma garantia da
liberação dos recursos necessários. Ele lembrou que o trecho de 720
quilômetros entre Açailândia (MA) e Palmas (TO) já foi vendido em
subconcessão para a Vale do Rio Doce por R$ 1,4 bilhão, recursos que ajudarão
na conclusão das obras. A expectativa é que o trecho restante, entre Palmas e
Santa Fé do Sul, seja vendido por R$ 2,5 bilhões. "A ferrovia vai unir
as economias do Norte e Nordeste com as do Sul e Sudeste, passando pelo
Centro-Oeste. Ela vai elevar a competitividade dos produtos brasileiros no
exterior e reduzir os custos no mercado interno", lembrou o presidente
da Valec.
Transporte
A Ferrovia Norte-Sul já recebeu quase R$ 1,2 bilhão em investimentos até
agora e deve receber mais R$ 1,2 bilhão em 2008. A previsão é que todo o
percurso de mais de 2 mil quilômetros consuma quase R$ 6 bilhões. Em 2006, ela
transportou 1,8 milhão de toneladas de produtos no trecho já concluído, a
maioria grãos. Em 2010, a expectativa é que a ferrovia esteja transportando
12 milhões de toneladas de produtos como grãos e farelos, óleo de soja,
adubos e fertilizantes, algodão, açúcar, álcool e cimento, que chegarão ao
Porto de Itaqui (MA). A ferrovia já tem pólos de carga instalados em Porto
Franco (MA), Aguiarnópolis (TO) e Araguaína (TO). Serão instalados mais
quatro no Tocantins e cinco em Goiás.
Durante a audiência pública, que contou com a presença do secretário de
Indústria e Comércio Ridoval Chiareloto e dos deputados federais Rubens Otoni
e Sandro Mabel, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Anápolis
(Acia), Ubiratan Lopes, lembrou que a Norte-Sul conclui a parte ferroviária da
plataforma multimodal de Anápolis, que já conta com a Ferrovia
Centro-Atlântica. Sandro Mabel lembrou que a Norte-Sul também deve se ligar
com a Ferronorte, formando um anel ferroviário.
O superintendente do Porto Seco, Edson Tavares, lembrou que Goiás conta com
865 mil toneladas de carga, entre minérios, açúcar e carne, disponibilizadas
para serem transportadas pela Norte-Sul, o que garante a viabilidade
econômica da ferrovia. "Ela vai consolidar nossa logística
integrada", destaca. O Porto Seco está investindo R$ 1,6 milhão em
parceria com a Vale do Rio Doce para instalação de um pátio de manobra com
1,6 mil metro de linhas para conexão com a ferrovia Centro-Atlântica.
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