E AGORA É SÓ DEVOLVER NÃO É MESMO? SERÁ?
11:49Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!
Rafael Miranda em 22/05/2013
O Ministério do Público Federal pediu à Justiça que três
ex-governadores do Distrito Federal devolvam os R$ 20 milhões investidos
pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação no Programa Nacional de
Inclusão de Jovens (Projovem), entre 2005 e 2008. Segundo o órgão, “a eficácia
da política pública implementada revelou-se inexpressiva”, porque apenas 8% da
meta foi atingida.A ex-governadora Maria da Abadia disse que ainda não foi
informada a respeito e que só vai se pronunciar quando tiver conhecimento da
ação. A defesa de Joaquim Roriz disse que ele também não foi comunicado da
ação, mas que a responsabilidade sobre o convênio não é do governador e sim da
unidade orçamentária. O advogado de José Roberto Arruda não deu retorno,O
convênio foi firmado em novembro de 2005 e previa a capacitação de 21 mil
jovens entre 18 e 24 anos. Em 2007, a meta foi reduzida para 10 mil alunos, mas
ainda assim apenas 8.598 jovens se matricularam, 3.730 compareceram para o
início das atividades e 1.696 se formaram. Além disso, apontou o MPF, outras
irregularidades foram encontradas, como a completa terceirização do serviço,
ausência de infraestrutura adequada e pagamentos duplicados.
Para o órgão, a situação contribuiu para o alto índice de evasão
do programa. “Os alunos participaram das aulas sem acesso a material de suporte
e às estações da juventude, o que acarretou, fatalmente, a perda de interesse
nos estudantes”, diz a peça. O MPF também afirma que as autoridades foram
alertadas sobre os problemas, mas não tomaram as providências necessárias.O
ex-governador Arruda é acusado ainda de improbidade administrativa – a mesma
acusação já prescreveu em relação a Roriz e Maria da Abadia. O MPF diz que ele
deu continuidade ao programa, mesmo sabendo da ineficiência, e não fez
alterações para corrigir as falhas.
Imprensa Pública.com
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