"FATALIDADES": ATÉ QUANDO? DESPREPARO FAZ MAIS UMA VÍTIMA NA PRÓPRIA PM.
22:40Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!
‘FATALIDADE?”ATÉ
QUANDO”? OU É FALTA DE PREPARO
ADEQUADO?
Gama, DF: 2008: Torcedor é morto por um tiro na nuca de arma .40,disparado pelo policial na foto de capacete, e que depois foi condenado dois de prisão em regime aberto.
E AGORA...
Um policial morto, outro em estado de choque e duas famílias desesperadas
e desamparadas, e uma população no limite do medo e da insegurança. O que está
errado com a polícia pela qual pagamos tão caro. Erro de doutrina? Erro de
preparação ou simples falta de mudanças e atualização para tempos mais
modernos?
Em
2008 foi o torcedor do São Paulo FC, em um jogo no Bezerrão no Gama, a vítima
de abordagem errada e do despreparo
policial. Veio torcer pelo seu time, deixando um filho recém-nascido, em
São Paulo; correu da confusão e foi assassinado com um tiro da temida “40”uma das mais elogiadas armas nos
meios policiais por sua incontestável eficiência e letalidade. Tal ação tenebrosa
classificada pelo comandante e pelo secretário de segurança da hora, como “fatalidade”.
Feito o tal inquérito até hoje, não
se sabe o resultado do dito feito. Morreu um pai, um filho e um bebê ficou
órfão, consolado pelo choro de uma mãe e avó.
Em 4 de Abril desse ano, outra guarnição “atirou primeiro e perguntou depois” e o funcionário da Funcef e estudante de Administração de Empresas,
José Alves Pereira levou um tiro na cabeça na
BR-070, perto da entrada do Condomínio Privê. Ele estava no banco do passageiro
de um Fiat Uno dirigido pela colega de curso Karla Pamplona Gonçalves,
22.
Atingida pela mesma bala no supercílio direito, Karla conta
que a polícia atirou contra o carro sem ter feito qualquer sinalização para que
ela parasse o veículo. “Não era uma blitz, eles não estavam com a sirene
ligada, não pediram para parar. Eles apenas atiraram”, conta a moça que viu o
amigo tombar ensaguentado sobre seu colo. Segundo ela, a viatura estava sobre o
canteiro central da pista e os policiais sequer saíram do carro para efetuar os
disparos. “Eu vinha a 80 quilômetros, achei que eles estavam esperando que eu
passasse para entrarem na pista”, relata Karla.
E se matou um universitário,
cansado após um dia de trabalho e depois de enfrentar três ou quatro horas de
banco numa faculdade, que nã devia nada a polícia, e tentava ser um cidadão mais apto a participar
produtivamente do nosso belo quadro
social.
Apenas por estar em um carro “parecido” com o dos marginais que
talvez a polícia perseguisse, morreu sem chances de sequer apresentar mseu
documentos numa abordagem decente e civilizada, a que todos nós temos direito
constitucional garantido, pela lei que nos diz que ”ninguém produzirá provas
contra si, nem será acusado sem provas”!
Morto por outra abordagem precipitada. Estudos a noite, trabalho
cansativo perseguindo um objetivo com sacrifício, para morrer por uma bala
destinada a um marginal que escapou impune.
E então não valem tais ditames na hora da ação do policial
que deveria ser bem preparado em todos os sentidos?
Afinal quem está com medo de quem? Os policiais, os
verdadeiros “ovelhas” do sacrifício
na ponta do enfrentamento dos problemas sociais como a violência, as drogas, as
quadrilhas, as invasões de terras, de órgãos públicos, e que cumprem, em 80%
dos casos a sua missão e recebem toda a carga de culpa quando os crimes
acontecem, tornando-se os alvos preferidos e principais de todas as críticas
quando os números da violência vem
nos tirar o sono, nós pobres pais de
família e cidadãos que trabalhando mais
de duzentos dias por ano para sermos
fieis ao pagamento de seus
pesados impostos, “imposto” a nós
pelo governo e pelas leis que sequer fomos consultados na hora de serem feitas.
E ainda nos chamam de “contribuintes”!
E seguimos anestesiados, impávidos custeando e carregando nas
costas, este continente imenso banhado pela corrupção, pelos altos gastos dos
dourados cartões corporativos, pelas grandes negociatas e favores eleitorais, e
pelo “dinheiroduto” que já se tornou
o escárnio jogado todos os dias sem punição da inocente manada de brasileiros
humildes e trabalhadores, que chora e sofre pelo seu país, torce para que tudo
dê certo e crê cegamente num futuro melhor para os seus filhos e tem sempre a
sua esperança renovada a cada novo mandato de seus governantes até que lhe
atirem na cara a verdade nua e crua, de que os principais e fundamentais problemas
de seu país, nunca são resolvidos, aqueles que todos contam já decorados nas
pontas dos dedos: saúde, habitação, transporte, educação e segurança.
E pelo outro lado quase nunca sondado ou escaneado, usando-se uma terminologia da moda, está a estrutura de
comando e preparação que está por trás do policial antes que ele vá para a rua,
que são aqueles responsáveis pela direção, preparação e treinamento dos homens
que vão para a rua.
É comum a tropa se manifestar, como é bem fácil hoje em dia
com as facilidades multimídias, sua insatisfação com relação a ganhos, tratamento
que recebem de oficiais autoritários, a até das condições de dependências em
seus quartéis, como chegou a se ver inclusive do próprio batalhão de elite da
Polícia Militar no DFonde foram postadas fotos sobres as péssimas condições de
uso do quartel daquela tropa, na internet.
A profusão de blogs e sites, que falam, defendem e divulga as
forças militares inserem hoje, os policiais num contexto de formação de opinião
sobre e com a comunidade, nunca dantes visto. E é essa opinião que muitas vezes
é punida, pelos bem polidos e lustrosos comandantes que do alto de suas
brilhantes insígnias, não se permitem em hipótese nenhuma perder os privilégios
quer os comandos conquistaram ao longo do tempo.
O que de forma alguma quer dizer competência, vez que esse
comandos vivem sendo trocados, às vezes até mais de duas vezes em um ano como
já aconteceu aqui no DF, onde recentemente no caso das capas de chuva
superfaturadas, e que degolou mais um
comandante.
Estariam diante desse quadro, os nossos policiais recebendo
treinamento adequado para suportar com galhardia, polidez e civilidade as
pressões do dia a dia das ruas? Ou todos nós continuaremos a mercê desse despreparo
e todos enquadrados naquela velha mentalidade da época cinzenta da ditadura,
onde éramos chamados de “elementos subversivos, agitadores, meliantes, e considerados
inimigos das tropas e forças da ditadura, de tão nefasta e de triste memória?”
Algo está errado no reino das fardas, quepes e cassetetes. E
já que não vivemos mais sobre um regime feudal e autoritário dos senhores da
terra, exigiremos sim, com personalidade forte, que nossos direitos sejam
respeitados antes de sermos permanentemente classificados como suspeitos e não como cidadãos de bem.
Antes que as balas nos atinjam, aquelas a quem pagamos tão
caro preparem melhor aqueles que devem cuidar da nossa segurança e das nossas
famílias. Tempos feudais já era. Respeito a autoridade sim; idolatração aos
governantes nunca!
Karlão-Sam
07.06.13
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