Vejam o absurdo de um partido que é origem de alguns dos piores escândalos desse país! Punir a opinião de uma jornalista!
17:12Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!
PCdoB pede
suspensão de verba para o SBT por causa de Sheherazade
Partido entra com representação na Procuradoria-Geral da
República contra a apresentadora e o SBT por apologia ao crime. Além de cortar
repasse de publicidade enquanto durar processo, bancada defende perda da
concessão caso TV seja condenada.
Rachel:
"Afirmei compreender (e não aceitar, que fique bem claro!) a atitude
desesperada dos justiceiros do Rio"
A bancada do PCdoB na Câmara entrou com representação na
Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a apresentadora Rachel
Sheherazade e o SBT por crime de apologia e incitamento ao crime,
à tortura e ao linchamento. Além da abertura de inquérito, o partido quer que o
governo federal corte o repasse da verba publicitária para a emissora enquanto
durar o processo e, em caso de condenação, tome providência para cassar a
concessão pública do Sistema Brasileiro de Televisão por inidoneidade.

A representação foi entregue ontem (11) à PGR pela líder da bancada na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Caberá ao procurador-geral, Rodrigo Janot, dar andamento ou não aos pedidos. Segundo informações levantadas pelo partido, o governo federal destina mais de R$ 150 milhões por ano ao SBT em publicidade, por meio da Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

A representação foi entregue ontem (11) à PGR pela líder da bancada na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Caberá ao procurador-geral, Rodrigo Janot, dar andamento ou não aos pedidos. Segundo informações levantadas pelo partido, o governo federal destina mais de R$ 150 milhões por ano ao SBT em publicidade, por meio da Secretaria de Comunicação Social da Presidência.
Para o PCdoB, a apresentadora cometeu crime ao exaltar o
comportamento de um grupo de pessoas que resolveu punir ao seu modo um
adolescente de 16 anos acusado de cometer furtos no bairro do Flamengo, no Rio.
O rapaz foi preso nu a um poste. Teve o pescoço acorrentado por uma trava de
bicicleta e parte da orelha cortada. Ele só foi solto após uma moradora da
região chamar os bombeiros.
Após a exibição da reportagem, Rachel disse que era
“compreensível” a ação dos chamados “justiceiros” por causa do clima de
insegurança nas ruas e da ausência de Estado. Ela também criticou a atuação de
entidades e militantes dos direitos humanos. “Faça um favor ao Brasil. Leve um
bandido para casa.”
A apresentadora diz que apenas expressou sua opinião e que
não defendeu a ação dos chamados “justiceiros”. “Em meu espaço de opinião no
jornal SBT Brasil, afirmei compreender (e não aceitar, que fique bem claro!) a
atitude desesperada dos justiceiros do Rio”, escreveu Rachel, em artigo
publicado pela Folha de S. Paulo no dia 11 de fevereiro. Em
nota divulgada à época, o SBT alegou que a opinião da apresentadora é de
responsabilidade dela, e não da emissora.
Opinião x incitação
Mas, para Jandira Feghali, autora da representação, a empresa
de Silvio Santos também tem culpa. “O SBT não pode alegar que era uma opinião
privada da jornalista, pois, se assim fosse, estaria obrigado a dar a ela algum
tipo de punição, pela prática de crime utilizando o veículo de comunicação pelo
qual é responsável, o que não fez”, escreve a deputada na ação entregue à PGR.
De acordo com a líder do PCdoB, há diferença clara entre
opinião editorial do telejornal e incitação ao crime na sociedade: “Nós somos
defensores históricos da liberdade de expressão, principalmente nos capítulos
que falam sobre liberdades individuais e de comunicação. Contudo, não se pode
confundir a liberdade constitucional com incitação ao crime, que é
inconstitucional”, disse a deputada ao Congresso em Foco.
Ainda segundo Jandira, a movimentação em torno da verba
publicitária é um passo que pode gerar a cassação da concessão. “A emissora tem
obrigação de cuidar do caso em relação a opinião jornalística que tem sido
difundida. Senão, há de se enfrentar medidas administrativas, judiciais e,
inclusive, a cassação da concessão, começando pelo repasse de verba
publicitária da União”, afirmou.
Outras representações
Este não é o único caso envolvendo a apresentadora e a
emissora que Rodrigo Janot terá de analisar. Ainda em fevereiro, o Psol acionou
a PGR contra Rachel e o SBT por apologia ao crime, à tortura e ao linchamento.
No encontro com os parlamentares, Janot se comprometeu a designar um procurador
para investigar o caso.
“A violência é feita em palavras pela Sheherazade tentando
justificar uma violência absurda. E ela diz isto num meio de comunicação que é
uma concessão”, afirmou o líder do Psol na Câmara, Ivan Valente (SP). “A
liberdade de imprensa, que é importante e necessária, não poder ser refúgio de
declarações irresponsáveis”, acrescentou o deputado.
Ainda em fevereiro, a presidente da Comissão de Direitos
Humanos e Legislação Participativa do Senado, senadora Ana Rita (PT-ES), pediu
à Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo que abra procedimento para apurar
o conteúdo do comentário de Rachel. Para a senadora, a apresentadora violou os
direitos humanos e fez incitação à violência. Com o ofício, foi encaminhada uma
nota de repúdio publicada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do
Município do Rio de Janeiro sobre as violações de direitos cometidas pela
jornalista.
http://congressoemfoco.uol.com.br/
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