A MORTE DOMINANDO AS CIDADES; ESTAMOS EM GUERRA? QUEM VAI PARAR ISTO?
18:49Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!
QUEM VAI
PARAR ESTA MATANÇA DOS SEM ROSTO E SEM NOMES?
Estamos em
guerra?
Em Copacabana, dois assassinatos, ruas fechadas e incêndios.
Em Osasco, um homicídio e 34 ônibus incendiados. Na Bahia, greve da PM. Com 106
assassinatos em cinco dias.
Na greve de 2012, liderada pelo soldado Prisco, 177
homicídios. Prisco é vereador do PSDB, e candidato a deputado estadual. Está
preso na Papuda, no Distrito Federal, por ordem do Ministério Público
Federal.
Dos 106 mortos da greve da última semana, a maioria tinha menos
de 25 anos. Em Feira de Santana, 46 homicídios. Em Salvador, a matança se deu
nas mesmas áreas dos assassinatos da greve passada.
Por meses recolhi laudos periciais daquela matança, a de
2012… 72 dos mortos foram executados. Com tiros na nuca, rosto…na cabeça.
Os assassinos usaram toucas ninja, quase sempre pistolas
ponto 40 – de uso exclusivo da polícia- e limparam as cenas dos crimes. A
suspeita quanto aos autores é óbvia.
Nos laudos, por falta de investigação, o veredito:
"Autoria desconhecida". Em dois anos, só no rastro das greves da PM
de Prisco na Bahia, 283 assassinatos.
Os mortos são mera estatística. Pobres ou miseráveis e, por
isso, mortos sem nome e sem rosto, com raras exceções.
Uma das exceções, e isso por conta do onde trabalhava, Douglas
Rafael da Silva Pereira, dançarino no "Esquenta" de Regina Casé, da
Tv Globo, morto em Copacabana.
Greve de PM é ilegal. No Rio Grande do Norte, PMs e bombeiros
entraram em greve na última terça-feira, dia 22.
No réveillon de 2012 o governador do Ceará, Cid Gomes,
rendeu-se à greve da PM, e confessou a um amigo: "Tive que engolir, goela
abaixo".
No mesmo ano, Jaques Wagner foi emparedado pela PM baiana. O
mesmo em Brasília, em estados ao norte do Brasil, e no Rio de Sergio Cabral,
com PMs, bombeiros… fora as milícias de sempre.
O mesmo em São Paulo, com 106 PMs mortos em 2012 e, bem além
da "lei do talião", 10 mortos a cada PM assassinado.
Em Osasco, na Baixada Santista, Guarulhos… estado adentro,
denúncias de grupos de extermínio integrados por policiais. Idem em Alagoas,
Goiás… Brasil afora.
Em 88, a Constituinte recomendou uma Política Nacional
de Segurança Pública. Nada saiu do papel.
Não saiu porque governadores são reféns das suas guardas
pretorianas.
Não saiu do papel porque a sociedade que pode não está nem
aí; tem suas casamatas, blindagens e segurança privada.
Nada saiu do papel porque a sociedade que não pode, só… não
pode. São, em média, 50 mil assassinatos a cada ano, há mais de três
décadas.
O que têm a propor candidatos a governos e legislativos? Com
quem estão debatendo e articulando soluções para essa tragédia?
O que é mais importante do que a vida?
Com a palavra, candidata e candidatos à presidência da
República, aos governos estaduais e legislativos.
E, por favor, nos poupem das
promessas vazias da marquetagem.
0 comentários