COPA DO MUNDO E SECA NO NORDESTE: BRASIL PAÍS DE MENTIROSOS! DINHEIRO DOS "ELEFANTES BRANCOS" DA COPA ,FALTA NA TRANSPOSIÇÃO DAS ÁGUAS NO NORDESTE.
18:54Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!
ESTÁDIOS DA COPA CONSOMEM O DOBRO DAS OBRAS DO RIO
SÃO FRANCISCO
SE NÃO FOSSE NO BRASIL NÃO DAVA PARA ACREDITAR.
Os R$ 7,1
bilhões previstos na Matriz de Responsabilidade para construir 12 estádios para
a Copa do Mundo são quase o dobro dos R$ 4,2 bilhões que o governo aplicou em
oito anos na transposição do rio São Francisco, gigantesca obra projetada para
beneficiar oito milhões de pessoas, em quatro estados.
Os valores, apurados por Gil Castello Branco, da
Associação Contas Abertas, demonstram que em apenas dois anos as prioridades do
futebol em 12 capitais superaram históricas promessas de ações sociais e de
interesse da população nordestina.
“Os ganhos com a transposição do rio São Francisco
são infinitamente superiores aos resultados que teremos com elefantes brancos
para sediar jogos da Copa do Mundo”, disse Castello Branco.
O estádio de Manaus, por exemplo, com capacidade
para 44 mil pessoas e orçado em R$ 1,02 bilhão, receberá apenas quatro jogos da
Copa 2014, e é um dos “elefantes” previstos para o pós-Copa.
Saneamento
Gil faz outra comparação, desta vez com um dos
setores de maior carência no país, o saneamento básico, que atende apenas 57%
da população brasileira.
“Nos últimos 12 anos, o governo federal destinou 9,8
bilhões para obras de saneamento.
São irrisórios R$ 2,7 bilhões a mais do que
está sendo aplicado na construção dos estádios, em apenas quatro anos”.
O polêmico projeto do trem bala, ligando Rio a São
Paulo, também entra no rol das comparações.
Orçado em R$ 38 milhões, o trem bala custará quatro
vezes mais que o aplicado pelo governo federal em saneamento, nos últimos 12
anos – três mandatos presidenciais.
“Esses valores refletem as políticas públicas e as
prioridades dos governos para o país. E observamos que as políticas para a
saúde estão muito atrasadas, apesar de o discurso oficial considerá-las
prioridades”, afirmou Gil Castello Branco.
PALAVRAS DO
SENHOR RICARDO TEIXEIRA ANTES DE RENUNCIAR ACUSADO DE CORRUPÇÃO E DESVIO DE
DINHEIRO DA CBF:
Na imagem, Orlando Silva, ex-ministro dos esportes, e Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, ambos deixaram o cargos após denuncias de corrupção.
Deu um nó na cabeça?
Agora veja o que se vai gastar para realizar uma Copa do Mundo, gerida por uma entidade privada, que vai ter total domínio do país até mesmo no seu espaço aéreo durante os jogos, e depois leva o lucro e deixa os elefantes!
Agora veja o que se vai gastar para realizar uma Copa do Mundo, gerida por uma entidade privada, que vai ter total domínio do país até mesmo no seu espaço aéreo durante os jogos, e depois leva o lucro e deixa os elefantes!
“Ricardo Teixeira: “A Copa do Mundo é um evento privado. O
papel do governo não é de investir, mas de ser facilitador e indutor”, disse o
ex-presidente da CBF ao lado do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, que
fugiu para a Flórida depois de alguns escândalos de corrupção, que envolviam
recebimento de propinas.
“Faço questão absoluta de garantir que a Copa de 2014 será
uma Copa em que o poder público nada gastará em atividades desportivas”. Assim
disse Lula quando o Brasil se tornou sede da Copa do Mundo, organizada pela
FIFA (Federação Internacional de Futebol e Associados). “Não haverá um centavo
de dinheiro público para os estádios”, “Os estádios para a Copa do Mundo serão
construídos com dinheiro privado”, repetia na época o Ministro dos Esportes
Orlando Silva, que deixou o cargo após ser acusado pela CGU (Controladoria
Geral da União), de desvio de verbas da pasta dos esportes. No entanto, os
números mostram que o Governo Federal, desembolsou dos cofres públicos R$ 4
bilhões, em obras superfaturadas, conforme dados da União.
Itaquerão e Maracanã deveria custar R$ 500 milhões cada arena
no padrão FIFA. O estádio do Maracanã, ultrapassou a casa de R$ 1 bilhão. O
estádio corinthiano construído pela Odebrecht. Lula, se encarregou de abrir as
portas do PAC, o BNDES, além de verbas estaduais e do município de São Paulo.
Orlando Silva mentiu ao lado de Lula, para todos os brasileiros.
Faltam apenas cinco meses para a partida que será o início da
Copa de 2014 no Brasil, e diversos estádios são ameaçados de não realizarem as
partidas das seleções. Os prazos não foram respeitados e as obras estão
inacabadas. A Arena da Baixada, foi ameaçada para que termine há tempo a
conclusão de toda a estrutura para que possa receber os jogos com segurança
para todos os espectadores, entre eles estarão muitos estrangeiros. As ultimas
inspeções irritaram Jerôme Walcke, secretário-geral da FIFA, na última visita
ao Paraná. Mais de 80% dessa obra foi financiada pelos governos federais
estaduais e da cidade de Curitiba. Inicialmente a Arena da Baixada foi orçada
em R$ 265 milhões, está na casa dos R$ 319 milhões.
Enquanto isso no Orçamento: “Nos últimos 12 anos, o governo federal destinou 9,8 bilhões para obras de saneamento.
São irrisórios R$ 2,7
bilhões a mais do que está sendo aplicado na construção dos estádios, em
apenas quatro anos”.
O polêmico projeto do trem bala, ligando Rio a São Paulo,
também entra no rol das comparações.
Orçado em R$ 38
milhões, o trem bala custará quatro vezes mais que o aplicado pelo governo
federal em saneamento, nos últimos 12 anos – três mandatos presidenciais.
“Esses valores refletem as políticas públicas e as
prioridades dos governos para o país. E observamos que as políticas para a
saúde estão muito atrasadas, apesar de o discurso oficial considerá-las
prioridades”, afirmou Gil Castello Branco.
Essa realidade repete-se na proposta orçamentária para 2014,
encaminhada ao Congresso Nacional.
Previsão de investimentos públicos para a saúde:
Em sexto
lugar, com R$ 5,3 bilhões.
Os três primeiros dessa lista são:
Transportes
(R$ 15,3 bilhões),
Educação
(R$ 12,3 bi) e
Ministério
da Defesa (R$ 8,4 bi)
(Transporte
e Defesa são setores intimamente vinculados aos compromissos de governo para
receber o Mundial de Futebol).
E só com a
Segurança Pública, serão gastos:
Copa do Mundo: governo prevê gastar R$ 1,170 bilhão com
segurança pública
Plano de
segurança pública para a Copa do Mundo envolverá 100 mil profissionais.
O governo
federal prevê que o plano de segurança pública para a Copa do Mundo custará R$
1,170 bilhão e envolverá 100 mil profissionais de segurança e defesa civil (sem
considerar o contingente das Forças Armadas). Estão incluídos agentes federais
(da Abin, da Força Nacional, e das polícias Federal e Rodoviária Federal),
estaduais (policiais militares e civis, e bombeiros) e municipais (guardas
civis e agentes de trânsito), segundo a Secretaria Extraordinária de Segurança
para Grandes Eventos (Sesge) do Ministério da Justiça, responsável pelo
planejamento. "A maior parte do montante foi investido em equipamentos que
ficarão de legado para os Estados", disse o secretário Andrei Rodrigues,
da Sesge.
Além da construção de 14 Centros Integrados de Comando e Controle (12 regionais e dois nacionais, em Brasília e no Rio), os Estados vão receber 27 Centros de Controles Móveis (caminhões equipados que ficarão nas proximidades dos estádios), 12 imageadores aéreos (equipamentos instalados em helicópteros, capazes de captar e transmitir imagens em tempo real para os centros de controle), robôs para detonação de explosivos e 36 Plataformas de Observação Elevadas (com 12 câmeras de alta resolução capazes de captar, tratar e transmitir imagens).
Além da construção de 14 Centros Integrados de Comando e Controle (12 regionais e dois nacionais, em Brasília e no Rio), os Estados vão receber 27 Centros de Controles Móveis (caminhões equipados que ficarão nas proximidades dos estádios), 12 imageadores aéreos (equipamentos instalados em helicópteros, capazes de captar e transmitir imagens em tempo real para os centros de controle), robôs para detonação de explosivos e 36 Plataformas de Observação Elevadas (com 12 câmeras de alta resolução capazes de captar, tratar e transmitir imagens).
REVENDO A
HISTÓRIA:
ENQUANTO ISSO A TRANSPOSIÇÃO
DO RIO SÃO FRANCISCO VOLTA A SER NOTÍCIA.
Em ano eleitoral, novas promessa de tocar as obras.
Obras no S.
Francisco.
Em 2006, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
nascido no nordeste, historicamente assolado pela seca, levou adiante uma ideia
que os sofridos moradores da região ouviam falar há mais de um século.
Finalmente - ele prometeu - o Brasil iria canalizar a água do
rio São Francisco, o segundo maior do país, para a região castigada pela seca.
Por volta de 2010, disse Lula, a água seria bombeada através dos morros por
meio de uma rede de 477 quilômetros de canais, aquedutos e reservatórios para
saciar cidades e fazendas sedentas em quatro Estados.
Oito anos depois, e perto do fim do mandato da sucessora
escolhida a dedo pelo presidente, Dilma Rousseff, somente metade do projeto foi
construída. Atrasado pela burocracia e problemas contratuais, o custo do único
grande empreendimento de infraestrutura do governo quase dobrou, passando a 8,2
bilhões de reais.
As plantas crescem através de fissuras nas placas de concreto
de canais assentados cinco anos atrás. Partes da construção inicial estão em
estado tão precário que na época em que a água começar a jorrar terão de ser
reconstruídos.
Quatro anos depois da meta inicial, é improvável que o
projeto seja terminado até mesmo no fim de um possível segundo mandato de
Dilma, apesar de o governo federal estar acelerando as obras num momento em que
ela se prepara para disputar a reeleição em outubro.
A transposição da água do São Francisco, como muitos outros
projetos de infraestrutura, é o tipo de investimento que economistas há muito
tempo argumentam serem necessários para modernizar o Brasil.
O país continua prejudicado por gargalos que impedem o fluxo
eficiente de mercadorias e serviços, sem falar nas necessidades básicas para o
desenvolvimento de algumas de suas regiões mais pobres.
"Quando Lula lançou o projeto, ele falou que ia ser a
oitava maravilha do mundo, que resolvia todos os problemas de água do
nordeste", disse Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de
Infraestrutura no Rio de Janeiro.
"Hoje você pode ver que a obra é um fiasco e, até agora,
a maior parte está longe de ser cumprida."
ALVO DA OPOSIÇÃO
O governo diz que está indo tão rápido quanto possível num
projeto de tal dimensão e complexidade, que envolve inúmeros empreiteiros e um
mercado de trabalho com escassez de mão de obra especializada.
O ritmo das obras diminuiu em 2011 e 2012, por exemplo,
porque os contratos com as construtoras tiveram de ser relicitados.
"As pessoas diziam que não vai acabar nunca, é uma
pirâmide do Egito essa obra", diz o ministro da Integração Nacional, José
Francisco Teixeira, encarregado de executar a obra.
Até dezembro de 2015, sete anos depois do início dos
trabalhos, Teixeira diz que a água estará fluindo para 12 milhões de pessoas em
pelo menos algumas partes dos quatro Estados que devem ser beneficiados: Ceará,
Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco.
"É uma obra enorme. Sete anos é um tempo totalmente
adequado para fazer uma obra dessas", argumenta Teixeira.
Nesse meio tempo, o governo quer alguma coisa para mostrar
neste ano. Dilma, segundo pessoas familiarizadas com o projeto, pediu às
autoridades encarregadas da obra que entreguem uma primeira parte antes da
eleição de outubro.
O nordeste está sofrendo sua pior seca em meio século e o
projeto atrasado vai se tornar alvo de campanha da oposição ao Partido dos
Trabalhadores (PT). Por ser a região onde vive a maior parte dos beneficiados
pelos eficazes programas de assistência social do governo e também lugar de
nascença de Lula, ainda popular, o nordeste era um reduto de apoio aos
petistas.
Mas o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que comanda
um Estado com um crescimento econômico entre os mais rápidos do país, está
desafiando esse domínio.
Antes aliado de Dilma, Campos se prepara agora para disputar
a Presidência.
Em Cabrobó, cidade pernambucana às margens do São Francisco,
o local da primeira estação de bombeamento está lotado de novos trabalhadores.
Foram 600 novas contratações em janeiro para todo o projeto, o que expandiu a
força de trabalho para 8.700 pessoas.
A meta é ter água fluindo até junho de Cabrobó a Tucutu, o
primeiro reservatório, a apenas 9 quilômetros de distância.
UM SÉCULO DE FALAÇÃO
O rio de 2.900
quilômetros de extensão segue de Minas Gerais para o nordeste e vira
abruptamente na direção do mar quando alcança o Estado de Pernambuco, deixando
seca a área mais para cima no nordeste.
A ideia da transposição da água do rio surgiu como proposta
pela primeira vez em 1847 e desde então vem sendo discutida. Governos nos anos
1990 decidiram levar adiante a transferência, mas não puderam conquistar o
apoio político necessário, especialmente das elites de áreas mais ao sul, que
iriam ter de ceder água.
Foi Lula, um negociador legendário, que os convenceu a
dividir um "tiquinho" da água do rio.
Oponentes viram o projeto como política clientelista, o
retorno dado por Lula para o financiamento de campanha por parte de grandes
construtoras e firmas de engenharia. Críticos diziam que ele iria secar o São
Francisco, cujo fluxo já foi reduzido com a construção de três barragens de
hidrelétricas.

Engenheiros e especialistas internacionais em recursos
hídricos dizem que o projeto é bem planejado e urgentemente necessário para o
crescimento de uma região que está finalmente emergindo de uma longa história
de estagnação econômica.
GADO MORTO
Para os moradores, a água pode não chegar a tempo.
"Há um cano conectado à minha casa, mas nunca tem
água", disse Antônio da Rocha, que dirige uma carroça puxada por bois para
pegar água três vezes por semana de um açude. A carroça segue lentamente ao
longo do novo canal, ainda não utilizado.
Vacas mortas são uma visão comum nestes dias nas margens das
estradas da região, agora no terceiro ano consecutivo de seca. Centenas de
milhares de cabeças de gado morreram de fome ou sede por falta de água e
forragem.
Ulisses Ferraz, que tem 15 vacas ainda de pé, depois que a
seca levou 50 cabeças de gado no ano passado, duvida que algum dia verá a água
do projeto. Uma adutora que alimenta a cidade vizinha de Serra Talhada passa
por suas terras, mas ele não pode se servir dela para seu uso.
Em um protesto horripilante, o agricultor de 85 anos espetou
cabeças de vacas mortas em postes na cerca que delimita sua propriedade.
Meteorologistas dizem que a seca na região provavelmente vai
se intensificar com as mudanças climáticas, o que tornará a água ainda mais
escassa.
A água já é racionada para uso agrícola em alguns Estados. Se
ainda estiver seco no ano que vem, o Ceará poderá precisar interromper a
irrigação para economizar água para Fortaleza, cidade de 3 milhões de
habitantes.
Na Paraíba, ainda não começaram as obras da seção final do
canal, incluindo um túnel através de uma montanha de granito em Monteiro.
"Será que algum dia chegará aqui?", pergunta
Genildo da Silva, atendente de um posto de gasolina. "Tenho 49 anos e
escutei a vida toda essa história da água do São Francisco."
Fontes:
josecruz.blogosfera.uol.com.br
http://www.superesportes.com.br/
Fonte: Portal Terra.
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