PETROBRÁS NA MIRA DE NOVAS ACUSAÇÕES.
21:40Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!
Petrobras paga três vezes mais por petroquímica
Uma corretora de valores do Uruguai foi investigada por
suspeita de ter lucrado com informações privilegiadas envolvendo o negócio
Do Jornal da Band.
Um ano depois da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados
Unidos, a Petrobras fez outra aquisição polêmica. A estatal pagou por uma
petroquímica três vezes mais do que a empresa valia no mercado. Uma corretora
de valores do Uruguai foi investigada por suspeita de ter lucrado com
informações privilegiadas envolvendo o negócio.

Com o aval do conselho de administração da estatal, então
presidido por Dilma Rousseff, que era ministra chefe da Casa Civil de Lula, a
Petrobras foi às compras. O primeiro alvo, em 2007, foi a Suzano Petroquímica.
Avaliada na bolsa de valores de São Paulo em R$ 1,2 bilhão,
ela foi comprada pela Petrobras por R$ 2,7 bilhões.
Deste total, R$ 2,1 bilhões foram para a família Feffer,
capitaneada por Daniel. Os demais R$ 600 milhões foram para acionistas
minoritários.
Além disso, a estatal assumiu uma dívida da Suzano de R$ 1,4
bilhão. O custo total foi de R$ 4,5 bilhões. Mais de R$ 2,8 bilhões de
diferença entre o preço de mercado e o que a Petrobras desembolsou.
Na mesma época, outra movimentação no mercado acionário
levantou suspeitas: a corretora uruguaia Vailly Sa, que nunca tinha negociado
ações da Suzano, comprou papéis da companhia antes do fechamento do negócio
bilionário. A corretora, ligada ao grupo Safra, foi investigada pelo Ministério
Público e a Comissão de Valores Mobiliários, a CVM, e para não ser processada,
fez um acordo e pagou multa. Mas, até hoje, ninguém explicou como a Vailly teve
acesso às informações privilegiadas do negócio.
Pouco tempo depois de ser comprada pela Petrobras, a Suzano
petroquímica foi incorporada pela Braskem, que hoje detém a maioria do mercado
petroquímico do Brasil.
Em 2009, o senador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná, pediu à
Procuradoria Geral da República investigação para apurar possíveis
irregularidades no negócio. Até hoje não recebeu resposta.
Em nota a Braskem informou que não teve qualquer participação
na aquisição da Suzano pela Petrobras. Ela afirma, ainda, que a incorporação da
empresa foi feita a preço justo, com base em avaliação de um banco independente
sem, porém, informar os valores da transação.
A Petrobras, os grupos Suzano e Safra e Daniel Feffer foram
procurados, mas não quiseram se pronunciar.
Do
Jornal da Band
0 comentários