HÁ 60 ANOS, MORRIA GETÚLIO VARGAS, ESTADISTA E DITADOR
12:08Carlos Alberto-Há 40 anos vivendo Brasília!
Criador da Vale do Rio Doce, da Petrobras e da CSN, o
ex-presidente se suicidou em 24 de agosto de 1954 com um tiro no coração e
deixou carta-testamento.
No controverso mundo da política, ninguém é tão bom, nem tão
mau a ponto de ser unanimidade. E o ex-presidente Getúlio Vargas, que há exatos
60 anos, com um tiro no coração, saía da vida para entrar para a História, não
é uma exceção. O pai dos pobres, do salário mínimo, das férias remuneradas, da
carteira de trabalho, fechou o Congresso, censurou a imprensa, extinguiu
partidos. Foi estadista e ditador. O legado getulista, ao mesmo tempo em que
parece empoeirado, se renova mais uma vez. Está ali, na TV de plasma, a
propaganda eleitoral que não deixa negar. São “dilmas,” “marinas”, “aécios”
que, como ele, alimentam uma política que ultrapassa o partido e se
personaliza.
Mas ele com certeza sentiria vergonha do que estão fazendo
com o Brasil de hoje!
Onde a massa trabalhadora e ordeira, que foi enganada pelos
militares em 1967 e o é hoje pela esquerda no poder, de forma mais torpe ainda,
esbulhando e maltratando o povo que ele tanto amou, e que permanece sem voz, frente
a roubalheira e corrupção, e esmaga o sentimento patriótico nos corações dos
brasileiros trocando o sentimento de amor ao Brasil, pelo de “importante é
levar vantagem em tudo!”
Salve Getúlio Vargas e salvem o Brasil dos torpes e canalhas!
A HISTÓRIA DE GETÚLIO.

Foto: Reprodução
Para a professora do Centro de Pesquisa e Documentação de
História Contemporânea do Brasil, da Fundação Getúlio Vargas, Dulce Pandolfi, uma
das heranças do Estado Novo (1937-1945) é essa concepção da política do culto à
personalidade, “em cima das pessoas, e não dos partidos”. Ela acredita que essa
prática é extremamente negativa, porque enfraquece as instituições e leva o
eleitor a votar pelo nome, e não pela organização.“Sou a favor do
fortalecimento das instituições. Os partidos para a democracia são
fundamentais. É preciso despersonalizar a política, votar em projetos (não em
nomes de pessoas)”, explica.
Se hoje o marketing político é o trunfo do mercado eleitoral
para a estratégia do convencimento público, na década de 30, Getúlio dava os
primeiros passos para que isso se tornasse uma prática. A imagem do homem que
impulsionou o desenvolvimento no país, criou a CSN, a CVRD, a Petrobras, rompeu
o tempo contornada pelo simbolismo paternal, sem que isso fosse assim tão
espontâneo.
Sua figura foi ‘ lapidada’ com a ajuda do Departamento de
Imprensa e Propaganda (DIP), que tinha como ações promover a política estatal
e, principalmente, Getúlio. Era uma espécie de agência de marketing pública. O
órgão manteve longe a oposição, através do controle e opressão à liberdade de
pensamento e expressão, e trabalhou forte para que Getúlio fosse eternizado
como o ‘pai dos pobres’. Não há dúvida de que mitificar essa marca foi um
grande case de sucesso da história.
“O DIP era o marketing da época, assim como o rádio e o
jornal. A própria história de ter um retrato do presidente em cada repartição
pública começou com Getúlio durante o Estado Novo. Essa concepção de que
partidos representam apenas interesses pessoais, e não da nação, comungava com
a sua ideia dele encarnar o Estado. Eram apenas ele e a população. Getúlio não
precisava de intermediadores”, explicou o professor de História da UniRio,
Vanderlei Vazelesk Ribeiro.
Mas é claro que, apesar da estratégia de promoção pessoal, o
ex-presidente tinha a seu favor um leque de medidas tomadas para beneficiar os
trabalhadores, que o tornou, inquestionavelmente, um ídolo para as massas.
“Vargas, efetivamente, conseguiu construir uma imagem pública. Não foi à toa
que venceu uma eleição legitimamente. As imagens do enterro dele são de uma
comoção que ainda não se teve igual na história do país”, afirmou o professor
de História Contemporânea da PUC-RIO, Maurício Parada.
CRONOLOGIA
1882 — Nasce Getúlio Dornelles Vargas, em São Borja, Rio
Grande do Sul.
1898 – Aos 16 anos, ingressa na carreira militar e se
matricula na Escola Preparatória e de Tática de Rio Pardo, no Rio Grande do
Sul.
1902 – Deixa a carreira militar e vai cursar Ciências
Jurídicas na Faculdade Livre de Direito de Porto Alegre.
1909 – É eleito deputado estadual, cargo que voltou a ser
reeleito em 1917 e 1921.
1922 – É eleito deputado federal pelo Estado do Rio Grande do
Sul.
1926– Foi Ministro da Fazenda do presidente Washington Luís.
1927– Elege-se governador do Rio Grande do Sul.
1929– Candidata-se à Presidência da República pela Aliança
Liberal.
1930– Derrotado por Júlio Prestes, chefia o movimento
revolucionário de 30. Assume em novembro deste mesmo ano o Governo Provisório.
1932– Getúlio cria Previdência Social, a Carteira de
Trabalho, e estende o direito de voto às mulheres.
1934– Promulgação da nova Constituição e eleição de Vargas
como presidente pela Assembleia Constituinte.
1937– Ele dissolve o Congresso Nacional, extingue o Poder
Legislativo e os partido. O Estado Novo é instaurado.
1942 - É criada a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD).
1943– É criada pelo Decreto-Lei nº 5.452 a Consolidação das
Leis Trabalhistas (CLT).
1945– Apesar de algumas medidas, como o fim da censura à
imprensa, a definição de uma data para as eleições e liberdade dos partidos e
anistia aos presos políticos, Vargas é deposto por militares.
1946 - Começam as operações de funciomento da Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN).
1950 - É eleito presidente pelo PTB.
1954 - É criada a Petrobras. Pressionado por uma crise política,
Vargas se mata com um tiro no coração no Palácio do Catete.
Ele deixa uma
carta-testamento...
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