O TCU QUE DEVERIA FISCALIZAR, PEDE FAVORES AO GOVERNO!
13:43Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!
FLAGRANTE
DE FISIOLOGISMO: COMO UM MINISTRO DO TCU SE PÔS A SERVIÇO DE DILMA PARA
EMPLACAR A MULHER EM UM CARGO
Mensagens da Casa Civil da Presidência da República revelam
como funciona a troca de favores entre autoridades e seus padrinhos políticos.
Ministro do TCU conseguiu indicar a esposa para o Superior Tribunal de Justiça
e o irmão para o Tribunal Superior do Trabalho com a ajuda de Dilma Rousseff.
Antes disso...
O ministro
Walton Alencar: ele dava atenção especial a processos de interesse do governo
em troca da nomeação da mulher para uma vaga no STJ (VEJA)
No organograma dos poderes, o Tribunal de Contas da União
(TCU) exerce o papel de guardião dos cofres públicos.
Do superintendente de uma
repartição federal na Amazônia ao presidente da República, ninguém está livre
de prestar contas ao órgão.
É do TCU a missão de identificar e punir quem rouba
e desperdiça dinheiro público, seja um servidor de terceiro escalão, um
ministro de Estado ou uma dezena de diretores da Petrobras.
Enfrentar
interesses poderosos é da natureza do trabalho do tribunal. Por isso, seus
ministros gozam de prerrogativas constitucionais, como a vitaliciedade no
cargo, destinadas a lhes garantir autonomia no exercício da função. No mundo
ideal, o TCU é plenamente independente.
Na prática, troca favores com o
governo, sujeita-se às ordens do Palácio do Planalto e, assim, contribui para
alimentar a roda do fisiologismo, mal que a corte, em teoria, deveria combater.
VEJA teve acesso a um conjunto de mensagens que mostram que há ministros
dispostos a servir aos poderosos de turno a fim de receber generosas
contrapartidas, como a nomeação de parentes para cargos de ponta.
Trocadas durante o segundo mandato do presidente Lula, as
mensagens revelam o ministro Walton Alencar, inclusive quando comandava o TCU,
no pleno gozo de uma vida dupla.
Nos julgamentos em plenário e nas
manifestações públicas, Walton era o magistrado discreto, de perfil técnico,
que atuava com rigor e independência.
Em privado, era o informante, os olhos e
os ouvidos no TCU de Dilma Rousseff, à época chefe da Casa Civil, e de Erenice
Guerra, então braço-direito da ministra.
Walton pôs o cargo e a presidência do
tribunal a serviço da dupla. E o fez não por mera simpatia ou simples
voluntarismo.
Em troca, ele recebeu ajuda para emplacar a própria mulher,
Isabel Gallotti, no cargo de ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A
trama toda ficou registrada em dezenas de mensagens entre Walton e Erenice,
apreendidas em uma investigação da Polícia Federal. Com a colaboração das
mulheres mais poderosas do Palácio do Planalto no segundo mandato de Lula,
Walton conseguiu mobilizar um espantoso generalato de autoridades para defender
a indicação da esposa.
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