TRE/MA VAI PAGAR R$ 2,9 MILHÕES PARA ALIADO DOS SARNEYS GERIR URNAS ELETRÔNICAS NO MA
19:16Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!ABRE O OLHO MARANHENSE!
Dono da
Atlântica, Luiz Carlos Cantanhede ficou conhecido da Polícia Federal no Caso
Lunus, quando Jorge Murad afirmou que parte do dinheiro pertencia ao empresário
A gestão das urnas eletrônicas nos 217 municípios do
Maranhão, nestas eleições, ficará a cargo de uma empresa cujo dono tem vínculos
financeiro e político com o marido da governadora Roseana Sarney (PMDB), Jorge
Murad, o Jorginho, e indícios de ligação com o próprio candidato a governador
do Clã, o senador Lobão Filho, o Edinho (PMDB).A informação é da Folha de S.Paulo.
Vencedora de uma licitação promovida pelo Tribunal Regional
Eleitoral (TRE) do Maranhão, a Atlântica Serviços Gerais foi contratada, em 28
de agosto, por R$ 2.999.499 para cuidar de uma série de serviços com as urnas
no dia da eleição.
Pelo contrato, a firma deverá colocar 616 empregados para
fazer, entre outras coisas, transporte e armazenamento dos equipamentos, troca
de máquinas com defeito, carregamento de softwares e – onde mora o perigo – a
transmissão dos resultados para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Até 2010, parte disso era feito por uma única empresa
contratada pelo TSE. Neste ano, o leque de atividades terceirizadas aumentou e
a contratação foi descentralizada. Cada um dos 27 TREs faz a sua.
ENTRE AMIGOS Apontado como um dos donos do
dinheiro encontrado pela PF na Lunus, Cantanhede é quem cuidará das urnas
eletrônicas, por meio de sua empresa Atlântica.
A Atlântica pertence ao empresário Luiz Carlos Cantanhede
Fernandes, que tem ligações com membros do clã Sarney, que domina a política
local há décadas.
Em 2002, quando Roseana era pré-candidata à Presidência pelo
PFL (atual DEM), Cantanhede ficou conhecido quando a Polícia Federal, numa
apuração sobre caixa dois, apreendeu R$ 1,3 milhão em dinheiro vivo na empresa
Lunus, de Roseana e Murad.
Ao falar sobre a origem do dinheiro, Murad afirmou que uma
parte era de Cantanhede, seu sócio numa pousada.
Já a proximidade com Lobão Filho, primogênito do ministro
Edison Lobão (Minas e Energia), tornou-se pública em 2012, quando um iate
naufragou na baía de São Marcos, na costa de São Luís.
Cantanhede era um dos tripulantes. Após o susto, ele deu
entrevista à imprensa local. Um dos veículos registrou uma fala do próprio
empresário explicando que a lancha era dele e de Lobão Filho ‘em cotas de 50%
cada um’.
Em nota, Lobão Filho afirmou que vendeu uma lancha para
Cantanhede, mas que eles nunca foram sócios.
Documentação
Na disputa pelo contrato do TRE/MA, a Atlântica apresentou
apenas o sexto melhor preço do pregão eletrônico. Três empresas com preços
melhores foram desclassificadas por erros na documentação. Outras duas não
confirmaram a proposta original.
A suspeição por proximidade com um dos candidatos não é a
única dúvida que paira sobre o contrato firmado entre o TRE/MA e a Atlântica.
Na última segunda-feira (8), o presidente do PCdoB do
Maranhão, Márcio Jerry, entrou com uma representação no TSE pedindo
cancelamento da licitação por ‘ilegalidade’.
Barroso afirma que a empresa entregou um documento falso no
processo licitatório para comprovar seus índices de liquidez e solvência.
O papel anexado como sendo da Atlântica Serviços Gerais é da
Atlântica Segurança, uma outra empresa de Cantanhede, com outro CNPJ.
A Atlântica Segurança tem contratos com alguns órgãos do
governo Roseana.
O mais conhecido é o da terceirização da guarda do complexo
penitenciário de Pedrinhas, no interior do Estado, palco de mais de 60
assassinatos de presos em 2013, muitos deles com tortura e decapitação.
Cantanhede não foi encontrado para comentar.
O TRE-MA diz que
só o timbre do papel anexado estava errado, não o conteúdo.
http://www.atual7.com/noticias/
E Folha de ão Paulo.
0 comentários