AS MENTIRAS DE AGNELO QUEIRÓZ E CLÁUDIO MONTEIRO! ESTÁDIO MANÉ GARRINCHA VAI LEVAR 1000 ANOS PARA RECUPERAR O QUE SE GASTOU PARA CONSTRUÍ-LO
12:50Carlos Alberto-Há 40 anos vivendo Brasília!
RESPOSTAS QUE AGNELO QUEIRÓZ E CLAÚDIO MONTEIRO SEU HOMEM DE CONFIANÇA, NÃO VÃO DAR AOS BRASILIENSES!
Estádio mais caro da Copa deve levar mil anos para recuperar custo ao DF.
Sob acusação de ter sido superfaturado em mais de 400 milhões de reais, o que causa irritação em Agnelo Queiróz e Cláudio Monteiro, seu homem de confiança na agora extinta Secretaria Especial da Copa, o Estádio Nacional Mané Garrincha começa a mostrar sua sub-utilização e o cobrado retorno financeiro que não vem, torna-se um fato!
O estádio, propagandeado pelo governo federal
e pelo Distrito Federal como um exemplo de sucesso de público e renda, pode
levar até cerca de mil anos para recuperar aos cofres do DF o valor investido
na obra.
A arena teve um resultado operacional de R$ 1,371 milhão no
primeiro ano de funcionamento -- um período em que o estádio recebeu 30 eventos
entre jogos e shows, incluindo uma apresentação da cantora norte-americana
Beyoncé e a partida de maior renda na história do Campeonato Brasileiro. O
custo total da obra é até agora calculado em R$ 1,6 bilhão pelo TC-DF (Tribunal
de Contas do Distrito Federal). Neste ritmo o estádio irá levar exatos 1.167
anos para recuperar o que custou.
Considerada a previsão do tribunal de contas de que o custo
chegará a R$ 1,9 bilhão quando todas as obras de sustentabilidade e no entorno
do local estiverem concluídas e a taxa de ocupação se mantenha no mínimo como
neste primeiro ano -- tido como "um êxito" pelo ministro do Esporte, Aldo
Rebelo, e "um exemplo contra o derrotismo" pelo secretário-executivo
da pasta, Luis Fernandes -- o tempo para retorno do investimento chega a 1.385
anos.
A conta não considera oscilações nas taxas de câmbio,
inflação e outras variantes no período.
O Mané Garrincha em Brasília é o estádio mais caro dentre os
12 construídos ou reformados para a Copa do Mundo, e irá receber sete partidas
da competição este ano. Até agora, o local recebeu uma média de um evento a
cada duas semanas e meia.
De acordo com o governo do DF, de maio, quando a arena foi
inaugurada, até agora, a arrecadação para os cofres públicos com aluguel e
taxas de uso do espaço foi de R$ 2,871 milhões. Como a conta de luz e água
custou R$ 1,5 milhão ao governo no mesmo período, o Mané Garrincha rendeu R$
1,371 milhão líquido nos primeiros 11 meses de funcionamento.
Segundo a Secopa-DF (Secretaria Especial da Copa do Mundo do
Distrito Federal), na conta não está incluído o custo de manutenção do espaço,
já que a construção possui cinco anos de garantia e outros 20 anos para a
cobertura.
Dos custos também está excluído o que é gasto com pessoal e
material de segurança e limpeza.
"Estes serviços são realizados por contrato celebrado
pela Secretaria de Planejamento, para atender a diversos órgãos do GDF. Ou
seja, não se trata de um contrato exclusivo para atender a arena
brasiliense", afirma a Secopa-DF por meio de sua assessoria de imprensa.
"É importante destacar que a grande demanda por serviços de limpeza e
segurança no estádio ocorre durante os eventos e, portanto, as despesas são de
responsabilidade dos organizadores", completa a nota enviada à reportagem.
Assim, se incluirmos o preço fixo de limpeza e segurança e o
fato de que daqui a cinco anos a manutenção ficará por conta do governo do DF, o
custo operacional deve elevar-se ainda mais. Até o final de 2014, está prevista
a inauguração do sistema e captação de energia solar, o que deve baratear a
conta de luz.
'Elefante dourado'
No dia 26 de maio, o Mané Garrincha recebeu a partida de
maior renda na história do Brasileirão: o jogo entre Santos e Flamengo,
despedida de Neymar do time da Baixada Santista, gerou uma arrecadação na
bilheteria de R$ 6,9 milhões de acordo com a CBF. Foi também o maior público da
edição do campeonato, com 63.501 torcedores.
Apesar disso para o dono do estádio de 72 mil lugares, o
governo do DF, a renda com o aluguel foi de apenas R$ 4 mil.
Em 2013, o Mané Garrincha recebeu 10 jogos do Brasileirão e,
com eles, também obteve a melhor média de público do campeonato, com cerca de
36 mil pessoas por jogo.
Desde inaugurado, o estádio já recebeu 655 mil pessoas
ao todo. Foram 24 partidas de futebol -- entre campeonatos Brasileiro e
Brasiliense, abertura da Copa das Confederações e um torneio internacional de
futebol feminino -- três shows e dois eventos institucionais.
Os números autorizaram o ministro do Esporte a referir-se à
arena como "elefante dourado" em entrevistas e pronunciamentos
oficiais, para contrapor o sucesso ao temor que o estádio de Brasília se
tornasse um "elefante branco".
"Já está consagrado o êxito da reconstrução do Mané
Garrincha. Isso é importante para Brasília, e muito mais para o Brasil",
afirmou Aldo Rebelo nesta terça-feira (1), durante inspeção da Fifa e do COL
(Comitê Organizador Local) no local.
"A Copa, para nós, é uma
oportunidade de ouro que significa a geração de milhares de empregos", emendou
o governador do DF, Agnelo Queiroz. "Sempre que somos questionados sobre
elefantes brancos, apresentamos como grande exemplo o Mané Garrincha, contra
esse derrotismo", arrematou o secretário-executivo do Ministério do
Esporte.
Na ocasião o titular da Secopa-DF, Claudio Monteiro,
irritou-se com a pergunta de jornalistas sobre a suspeita do TC-DF de que a
obra da arena tenha tido um superfaturamento de pelo menos R$ 400 milhões.
"É a turma do fura-bolo, que quer estragar a festa", disse, prometendo
que vai responder um a um os questionamentos do órgão de controle.
Contradição
O que existe é uma contradição: enquanto o estádio gera
lucros para quem usa o espaço -- sejam jogos de futebol de times grandes
ou shows internacionais -- a arrecadação é baixa para o governo, tendo em vista
que conseguiu para os cofres públicos apenas R$ 2,871 milhões em quase um ano,
mesmo com todo esse sucesso. Até agosto do ano passado, o aluguel da arena
possuía um custo fixo de R$ 4 mil, independentemente do porte do evento.
A partir de então, um decreto assinado pelo governador
definiu uma nova tabela de preços. Além dos custos operacionais, quem quiser
usar o estádio para um jogo de futebol tem de pagar 15% do valor da renda bruta
a título de aluguel. No caso dos clubes fecharem pacotes de quatro ou mais
jogos, a taxa cai para 13%. As seleções brasileiras não pagam nada para jogar
ali.
O decreto prevê ainda uma tabela de preços para utilização do
Mané Garrincha em eventos culturais, religiosos, artísticos, educacionais e
recreativos. Para uso apenas do gamado e da arquibancada inferior o aluguel sai
por R$ 200 mil. Com a inclusão da área VIP, sobe para R$ 250 mil. Para
utilização também dos camarotes o valor é de R$ 300 mil. O custo para uso de
todo o estádio é de R$ 500 mil ou 13% da renda bruta do evento, considerado o
maior valor entre os dois.
Futuro incerto
Além dos sete jogos da Copa do Mundo, que não geram renda ao
governo, e outras seis partidas anunciadas nesta semana pelo titular da
Secopa-DF (finais do Candangão, a final da Copa Verde, em abril, Botafogo x
Goiás pelo Brasileirão, um jogo da Copa do Brasil e uma partida ainda
indefinida), o calendário está indefinido para o Mané Garrincha após a Copa.
De acordo com a Secopa-DF, há conversas para mais partidas do
Campeonato Brasileiro e para shows, mas nada concreto. Em 2016 a arena deve
receber partidas do futebol olímpico, e em 2019 a Universíade.
No que depender do futebol brasiliense, o estádio só não fica
vazio em uma final. "Para abrir o estádio precisa de uma empresa de
limpeza com 50 funcionários, e mesmo para usar apenas o anel inferior você
precisa de pelo menos 200 brigadistas", diz Regis de Carvalo, gerente de
futebol do Brasília, time local.
"A média de um jogo, por baixo, é R$ 60 mil. Numa
partida final você até consegue fazer uma renda superior a esse valor. Mas num
jogo local entre times do Campeonato Brasiliense você não consegue", diz.
A média de público do time no campeonato local foi de 500 pessoas.
De acordo com a FBF (Federação Brasiliense de Futebol), os
ingressos custam de R$ 1 a R$ 20. "Geralmente acabamos com jogos
deficitários, isso sem usar o Mané Garrincha", resume a situação Josafá
Dantas, presidente da entidade. "Outros campeonatos também têm rendas
baixas. E se você comparar nosso futebol com o de outras regiões, ainda somos
debutantes. Somos mais novos. Isso não quer dizer que não tenhamos de lutar
para melhorar", completa.
'Não se paga a curto prazo'
"Ressaltamos que os resultados financeiros de shows,
partidas de futebol e demais eventos realizados no Mané Garrincha não devem ser
mensurados tendo em vista tão somente o retorno para a arena. Nem o Estádio
Nacional de Brasília nem qualquer outra arena do mundo se paga em curto
prazo", diz a assessoria de imprensa da Secopa-DF. "Não se pode
aferir a eficiência do estádio se baseando, apenas, na geração de lucro financeiro.
O estádio é um instrumento de desenvolvimento econômico e social para todo o
Distrito Federal. E já vem demonstrando isso".
Segundo o governo do DF, cada evento no estádio injeta cerca
de R$ 12 milhões na economia local e gera pelo menos dois mil empregos. Diz que
quando há atividade no local, o faturamento do comércio no entorno da arena
aumenta em até 30%.
A Secopa-DF afirmou, em diversas repostas ao UOL
Esporte ao longo do último ano, que prepara um edital de licitação
para fazer uma concessão do local à iniciativa privada, mas até agora não há
prazo para isso acontecer nem apareceram interessados no projeto.
UOL.COM e
http://www.fmnews.com.br/
UOL.COM e
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