JÁ VAI TARDE DONA ROSEANA, DIZEM OS MARANHENSES! E AINDA SAI DANDO PREJUÍZO!
19:41Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!
Após vários anúncios extraoficiais, a agora ex-governadora do
Maranhão, Roseana Sarney, renunciou ao cargo, na manhã desta quarta-feira (10),
em solenidade para poucos no Palácio dos Leões, sede do governo. Logo após, o
presidente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Arnaldo Melo (PMDB),
anunciou o fato e, finalmente, assumiu a primeira cadeira do Estado após ser
diversas vezes enganado.
Para quem não sabe, Arnaldo Mello assume o governo porque
Washington Luiz, que era vice-governador, deixou o cargo em novembro do ano
passado para ocupar uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Maranhão
(TCE). Roseana Sarney atribuiu a saída do cargo à necessidade de cuidar da sua
saúde.
Após descer as escadas do Palácio dos Leões, nesta manhã, já
com o título de ex-governadora, ela embarcará para a cidade de Miami, nos
Estados Unidos, onde deve permanecer por um bom tempo. No Brasil, continuarão
correndo as investigações contra ela no Superior Tribunal de Justiça (STJ), no
caso da Constran a quem adiantou precatórios, segundo denúncias, em troca de
propina. Correm também contra Roseana acusações em relação também ao caso da
Petrobras que está com a Polícia Federal.
Foram quatro mandatos
Roseana governou, nada mais, nada menos, por quatro mandatos, inclusos nas mais de
cinco décadas de domínio do grupo Sarney no Estado. Em janeiro, assumirá o
governador eleito, Flávio Dino (PCdoB), segundo ele, para inaugurar um novo
ciclo. A responsabilidade é grande, afinal o Maranhão é campeão de índices
negativos em quase tudo e hoje consegue ser bem pior do que o Piauí, que entrou
em ritmo de desenvolvimento.
Primeira mulher eleita para governar um Estado brasileiro,
Roseana Sarney Murad foi eleita deputada federal em 1990 pelo então PFL. Em
1994, foi eleita, pela primeira vez, governadora do Maranhão.
Em 2002, elegeu-se senadora. Em 2006, foi candidata pela
terceira vez ao governo do Maranhão, mas perdeu para o pedetista Jackson Lago.
Mas após tirar o ex-governador no tapetão, em ação que foi reconhecida pela
Justiça, posteriormente, como injusta, em 2009, reassumiu o governo do Estado,
sendo reeleita no ano seguinte.
Confira na íntegra a nota oficial da governadora Roseana
Sarney
“Foram anos de muito trabalho. Nos últimos meses, cumpri uma
extensa agenda de visitas, vistorias e inaugurações de obras em dezenas de
cidades do Maranhão. Agora, por recomendações médicas, me recolho para um
descanso necessário, pelo bem da minha saúde. Aos maranhenses e àqueles que
escolheram nosso estado para viver, o meu muito obrigada por terem me dado a
honra de representá-los. Peço a Deus que abençoe a todos e que ilumine os
nossos futuros governantes.”
http://silviatereza.com.br/
E AINDA SAI DANDO PREJUÍZO AOS MARANHENSES:
Ela ao deixar o governo terá por direito a uma aposentadoria,
claro, com todo direito. Mas com sua renuncia o sucessor que governará o estado por menos de um mês também se aposentará, aí é que entra o
prejuízo em nossos bolsos, um salário de
25,000 R$ ( vinte e cinco mil reais) todo
mês a té o fim dos dias do substituto.
Cá entre nós, de cara com a verdade isto é uma vergonha.
Diz o artigo 45 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias: “Cessada a investidura no cargo de governador do Estado, o
ex-governador que tenha exercido o cargo em caráter permanente fará jus, a
título de representação e desde que não tenha sofrido suspensão dos direitos
políticos, a um subsídio mensal e vitalício igual aos vencimentos do cargo de
desembargador” (grifos meus).
Como se vê, o texto não faz mais qualquer menção ao tempo em
que o governador esteve no cargo. Basta assumir “em caráter permanente” para
fazer jus ao benefício.
Portanto, se aprovado o projeto de lei de autoria do deputado
Alexandre Almeida (PTN), que prevê a possibilidade de o presidente da
Assembleia assumir o cargo de governador definitivamente, sem a necessidade de
eleição, Arnaldo Melo terá, sim, direito a uma aposentadoria assim que deixar o
Palácio dos Leões.
Agora, se quer mesmo
provar que estão apenas “queimando” sua imagem indevidamente com essa história
de aposentadoria, o presidente da Casa tem o dever de renunciar a esse direito.
Por Valmir Araújo
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