ESTOQUE DE PLAQUETAS SANGUÍNEAS BAIXO,BUSCA DE MAIS DOADORES NO DF.
18:21Carlos Alberto-Há 40 anos vivendo Brasília!
DF precisa
de doadores de plaquetas
A Fundação
Hemocentro de Brasília está com reserva baixa de plaqueta, componente do sangue
humano empregado em procedimentos pós-operatórios e em pacientes com dengue
hemorrágica e câncer, entre outras doenças. Por ser utilizado diariamente pelos
hospitais públicos do Distrito Federal e ter validade de apenas cinco dias,
esse elemento quase nunca atinge níveis satisfatórios nos estoques do órgão
vinculado à Secretaria de Saúde.
Por isso, o
local convida homens a doarem. Embora outros hemocentros do País aceitem a
doação também de mulheres, o de Brasília não admite. Isso porque, de acordo com
informações da equipe médica do órgão, aquelas que engravidaram ou sofreram um
aborto podem ter traços de uma patologia que oferece riscos a outras mulheres
que, por ventura, recebam as plaquetas. “Existem outros requisitos para a
seleção dos candidatos, como pesar mais de 60 quilos e ter realizado ao menos uma
doação de sangue na vida”, explica o médico Rodolfo Duarte, gerente do Ciclo do
Doador da fundação. A coleta precisa ser agendada.
Nesse tipo
de doação (por aférese), retira-se apenas a plaqueta, e o restante do sangue é
devolvido ao corpo. O procedimento dura por volta de uma hora. Em cada coleta,
o voluntário pode oferecer de 240 mililitros a 480 mililitros, a depender da
condição física. Entre uma doação e outra, é necessário um intervalo de 30
dias.
Visitas
periódicas
O analista
de suporte Márcio Júnior, de 26 anos, começou a doar depois que um parente
precisou de plaquetas em um procedimento pós-operatório. Desde então, sempre reserva
um dia por mês para fazer a retirada do sangue. “Pode não ser agora, mas, em
algum momento, nós ou algum familiar vamos precisar desse ou do sangue de outra
pessoa”, justifica.
Voluntário
há mais de um ano, o técnico em telecomunicações Filipe Santarém, de 33 anos,
também visita o hemocentro com frequência. “Na minha última vinda, fui
informado dessa possibilidade e, como bimestralmente venho doar, optei pela
doação de plaquetas. Não dói e ocupa apenas alguns minutos do dia.”
Dengue
hemorrágica
De acordo
com o professor da Universidade de Brasília e médico hematologista Marcelo Tha
Accioly Veiga, um dos exemplos clássicos da falta de plaquetas é na dengue
hemorrágica, quando há redução do elemento, e o paciente pode ter sangramentos
em várias partes do corpo, como nariz e ouvidos. Em relação às doenças que mais
necessitam diretamente da aplicação de plaquetas, Veiga destaca leucemia,
linfomas e câncer com infiltração de medula. Nos casos de pós-operatórios, os
pacientes que se submetem a transplantes de medula óssea podem precisar desse
componente sanguíneo.
O
especialista alerta que intensificar a doação é fundamental para suprir os
estoques durante todo o ano, mas principalmente nos períodos em que diminui o
número de voluntários no Hemocentro: “São as semanas antecedentes e
subsequentes às festas de fim de ano e carnaval.”
Sangue tipo
O
O
Hemocentro de Brasília faz outro chamamento aos moradores do DF. De acordo com
a fundação, todos os tipos de sangue são bem-vindos, mas há demanda maior para
o fator negativo, principalmente do sangue tipo O. “É de doação universal. Em
muitos casos, como nos acidentes, a urgência de uma transfusão é enorme e não
há tempo hábil para se verificar o tipo sanguíneo do paciente. Em situações
como essas, sempre é utilizado sangue O negativo. Pedimos que todos, homens ou
mulheres, com essa especificidade sanguínea sejam doadores frequentes do
hemocentro. Podem salvar muitas vidas”, conclama Rodolfo Duarte.
Agência Brasília.
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