APÓS QUEDA RECORDE DE APROVAÇÃO DE DILMA, PALÁCIO DO PLANALTO FALA EM HUMILDADE.
15:35Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!
PLANALTO PREGA ‘HUMILDADE’ APÓS REJEIÇÃO A
DILMA ATINGIR RECORDE
Edinho Silva da Comunicação do Palácio do Planalto.
Levantamento mostrou que 65% da
população acham o governo ruim ou péssimo. Reprovação só é pior que a de Collor
pré-impeachment
A nova alta na rejeição do governo Dilma Rousseff, de 65% apontada por pesquisa Datafolhadivulgada neste fim de semana, fez o Palácio do Planalto adotar a receita da
“humildade” e da “paciência”. O levantamento mostra que 65% dos brasileiros
rejeitam a administração da petista, índice comparável apenas ao obtido por Fernando Collor dias antes de ser alvo de
impeachment, em setembro de 1992, quando registrou 68%. Apenas 1 em 10
eleitores consideram a gestão “ótima ou boa”.
“O governo tem de ter humildade para
reconhecer que a pesquisa reflete um momento de dificuldade política e
econômica”, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo o
ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Edinho Silva. “Estamos vivendo uma situação de
dificuldade econômica, o governo tem consciência das dificuldades e está
fazendo ajuste para que sejam superadas. Estamos virando a página do ajuste e
entrando na agenda de retomada da economia.”
Segundo Datafolha, presidente é reprovada por 65% da população. Aécio
lidera pesquisa presidencial
O Planalto aposta em medidas como os
recentes lançamentos do Plano Safra e do Plano de Infraestrutura e também
futuros, como na área energética e de banda larga, além do Minha Casa, Minha
Vida 3, para ver os índices de popularidade de Dilma melhorarem. Em avaliação
recente da conjuntura política, feita em reunião fechada com religiosos no Instituto Lula, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que ele e a
sucessora estão “no volume morto” e o PT, “abaixo do volume morto”.
O otimismo do Planalto, no entanto, não é compartilhado entre os aliados
do PT no Congresso. Para um importante líder da base, a situação “vai piorar
ainda mais um pouco antes de começar a melhorar”, por que são “muitas frentes,
e todas difíceis e mal articuladas”.
Ciente das dificuldades econômicas e do
impacto da Operação Lava Jato e do risco de reprovação das contas do governo no Tribunal de Contas da União (TCU), havia quem esperasse
resultado pior nos dados do Datafolha, como aprovação de apenas um dígito.
Para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a queda da popularidade da
presidente é a continuidade de um processo de desgaste que chegou ao “fundo do
poço”. Essa deterioração, em sua avaliação, foi provocada pela conjunção de
fatores negativos, como a piora da economia e o escândalo de corrupção na
Petrobras. “E, principalmente, pelo fato de estar fazendo um ajuste que não foi
falado na campanha”, afirmou.
O líder do PT Câmara, Sibá Machado (AC), enfatizou que nos primeiros seis
meses de governo a agenda foi focada no ajuste fiscal e em cortes no Orçamento.
“Toda vez que a economia tem maus indicadores, há uma perda de popularidade”,
disse. “Antes de uma crise política, há uma crise econômica e um massacre na
mídia de modo geral.”
Presidente do PSDB e candidato
derrotado por Dilma no segundo turno, o senador Aécio
Neves (MG)agradeceu nas redes sociais “o apoio de tantos
brasileiros”. Na pesquisa Datafolha, o tucano apareceu 10 pontos à frente de
Lula em uma eventual disputa pelo Planalto. Para Aécio, o recorde de rejeição
da presidente “mostra a consciência crescente dos brasileiros em relação às
mentiras de que foram vítimas durante a campanha eleitoral do ano passado e em
relação à traição do atual governo, que descumpriu promessas feitas ao país”.
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