COLLOR DE MELO E RODRIGO JANOT SE CRUZARAM HOJE A TARDE NO SENADO!
18:25Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!COLLOR E
JANOT SE ENFRENTAM HOJE NA CCI
Após ter sido denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF)
por envolvimento na Lava Jato, o senador Fernando Collor (PTB-AL) ficou cara a
cara com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em sabatina na
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Na sabatina, Collor chamou
o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de "Janó" ao se
dirigir a ele no questionamento. Collor disse que Rodrigo Janot deu prejuízo
aos cofres públicos ao alugar uma mansão, em Brasília, por R$ 67 mil mensais,
sem licitação. Ele também acusou Janot de ter contratado a empresa Oficina da
Palavra, sem licitação, para fazer campanha dele ao cargo de chefe do
Ministério Publico Federal em 2013 e de, após ser eleito, ter nomeado o dono da
empresa, Raul Pillati, como secretário de comunicação da Procuradoria-Geral da
República.
Rodrigo Janot participa de sabatina na CCJ do Senado, onde
foi questionado por Collor
Rodrigo Janot participa de sabatina na CCJ do Senado, onde
foi questionado por Collor
Collor afirmou que Janot contratou mais de uma vez, sem
licitação, a empresa Oficina da Palavra para implantar mecanismo de governança.
"Só em 2014, os três últimos contratos somam 940 mil reais, tudo sem
licitação. O diretor executivo, Raul
Pillati Rodrigues, que coordenou a campanha de Janot em 2013 e foi nomeado por Janot para secretário
de Comunicação na PGR, saiu em junho deste ano."
Janot respondeu: "A Oficina da Palavra não é empresa de
publicidade, é uma empresa que, nesses contratos, presta consultoria e
treinamento de media trainning [treinamento para se relacionar com a imprensa]
para membros do Ministério Público Federal.
Aliás, [a empresa] presta treinamento de media trainning para
vários Ministérios Públicos, juízes e magistrados de vários estados. Os
contratos com a Oficina da Palavra foram regulares. O próprio TCU afirma que
não há irregularidade. Não fez minha campanha de 2013, contratei alguém para
fazer assessoria."
Sobre o caso do aluguel do imóvel em Brasília, o
procurador-geral disse que houve falsidade ideológica da empresa, que teria
apresentado um alvará falso na hora de fechar o contrato.
O senador Fernando Collor perguntou a Rodrigo Janot se ele
usa como "estratégia" vazar informações de investigações para
determinados veículos de comunicação para conseguir espaço. "Quem está
dizendo isso não sou eu, não sou só eu", disse Collor.
Rodrigo Janot afirmou que, à época da chamada Lista de Janot,
não houve vazamento, mas especulações.
Janot negou ser um "vazador
contumaz". "Eu sou discreto", disse. O procurador-geral negou
ainda que exista uma "espetacularização da Lava Jato". Ele voltou a
citar o dito popular: "pau que dá em Chico, dá em Francisco".
O senador Fernando Collor afirmou que Rodrigo Janot hospedou
Claudio Gouveia, um parente que seria procurado pela Interpol, em sua casa em
Angra dos Reis, litoral carioca. Janot disse que o suposto
"contraventor" a que Collor se referiu era seu irmão. Ele disse que
não vai se referir a esse episódio porque, como seu irmão já está morto, ele
nem sequer pode se defender. "Não participarei dessa exumação
pública", disse.
Em sua réplica, o senador Fernando Collor afirmou que não fez
nenhuma acusação ao irmão de Rodrigo Janot. Ele disse que Janot auxiliou
"uma dupla de contraventores".
O procurador-geral da República, também em resposta a Collor,
disse que sua atuação profissional é firme no que se trata de combate à
corrupção. Ele disse que a questão da Orteng não envolvia a Petrobras, mas
outra empresa. A questão começou em 1997, segundo Janot, e se arrastou por mais
de 14 anos.
Janot foi interrompido por Fernando Collor durante sua
resposta. "Vossa excelência não me interrompa", disse Janot.
Cabresto.blogspot.
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