DERRUBADA EM VICENTE PIRES TEVE ATÉ CADEIRANTE AGREDIDO POR FISCAIS DA AGEFIS. DISTRITAIS NÃO GOSTARAM!
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DISTRITAIS
COBRAM DA AGEFIS IGUALDADE NAS DERRUBADAS DAS INVASÕES
Deputados
protestaram pelo fato de as derrubadas estarem sendo realizadas apenas em
regiões administrativas de médio e baixo porte econômico
A arrogante diretora da Agefis, Bruna Pinheiro, tida como extremamente
arbitrária quando o assunto é impor sua vontade em regiões de população menos
favorecida fez cara de boazinha se justificando diante dos deputados
distritais.
As derrubadas
realizadas pela Agefis (Agencia de Fiscalização do Distrito Federal) nos
últimos meses, em especial a que tem ocorrido em Vicente Pires esta semana,
chamaram a atenção dos distritais, que cobraram explicações a
diretora-presidente da agência Bruna Pinheiro. Durante a reunião de líderes na
Câmara Legislativa nesta quarta-feira (5), eles pediram mais
transparência e igualdade no tratamento dos casos.
Deputados protestaram pelo fato de as derrubadas estarem
sendo realizadas apenas em regiões administrativas de médio e baixo porte
econômico, mas em regiões como a Orla do Lago Paranoá, considerada de padrão
econômico alto, as derrubadas não têm sido realizadas.
A derrubada de casas em Vicente Pires, bairro aqui do DF, causou grande comoção e até um cadeirante foi agredido pelos policiais e fiscais!
Protestos
O deputado Wasny de Roure (PT) criticou as ações em Vicente
Pires e questionou o funcionamento da Agefis nas derrubadas. “Não acredito que,
no caso de Vicente Pires, fosse necessário a derrubada, quando se poderia ter
feito o remanejamento da área onde serão construídos os equipamentos”,
protestou Wasny, que questionou: “Foram construídas 25 casas em quatro meses,
onde estava a fiscalização nesse período?”.
A presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PDT), também
engrossou o coro sobre o que os distritais chamaram de excesso, mas apoiou as
ações da Agefis. “As ações da Agefis e do governo para combater as invasões no
DF encontram o apoio da Câmara Legislativa, mas cobramos mais fiscalização para
evitar que as pessoas que construíram nessas regiões percam tudo o que
investiram”, declarou Celina.
A presidente classificou como omissa a fiscalização da Agefis
em relação as invasões e cobrou o aumento do combate a grilagem. Ela afirmou
que os deputados pediram o mesmo tratamento para todas as regiões
administrativas.
Agefis
“Tivemos uma conversa para deixar transparente as ações da
Agefis. Os deputados pediram para que déssemos transparência nas ações da
Agefis e isonomia, que foi o demonstrado a eles”, afirma Bruna Pinheiro.A
diretora-presidente defendeu a agência das acusações de privilegiar localidade
mais ricas e responsabilizou a Justiça.
“As derrubadas da Orla do Lago ainda não ocorreram por
determinação judicial. Assim como em Vicente Pires, onde sete casas
permaneceram de pé, bem como em outras localizações, tudo por
decisão judicial . A Justiça está dando liminar na Orla, na classe média, na
classe baixa e nós respeitamos as liminares. Uma vez sendo derrubada as
liminares, todas as remoções serão feitas”, garantiu a diretora-presidente.
Em relação a queda da liminar Bruna afirma que a Agefis,
apesar de já terem se passado duas semanas, ainda não tomou conhecimento do
documento. De acordo com ela, por ter condicionantes, a Procuradoria-Geral do
DF está analisando para, só depois, repassa-la para a agência.
A respeito da acusação do governo se portar de forma
repressiva, Bruna Pinheiro rebateu a acusação. “Primeiro não é repressão, pois
o que estamos fazendo e a proteção do que é público. O que é público é de todos
e não de um grileiro. O governo está estabelecendo um parâmetro muito claro não
permitindo novas invasões. As invasões antigas estão sendo regularizadas, mas é
preciso dar um basta nessa situação. Brasília está sofrendo problemas de
infraestrutura e transporte justamente pelo crescimento desordenado da cidade
nos últimos 20 anos”, contra-atacou a diretora-presidente.
Bruna Pinheiro anunciou que nos próximos dias será divulgado
um demonstrativo de espaços em Vicente Pires que receberam equipamentos
públicos, como escolas, praças públicas, centros de saúde, entre outros.
Fonte: Fato Online
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