ECONOMIA BRASIL: PIOR DE TODOS OS ANOS DESDE 1990.
21:37Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!
ECONOMIA
TERÁ, NESTE ANO, O PIOR DESEMPENHO DESDE 1990
As projeções já apontam para queda de até 3,1% do Produto
Interno Bruto (PIB), consolidando todo o desastre do governo Dilma Rousseff.
Mesmo com esse tombo, a inflação se mantém resistente, pode passar de 10% caso
o dólar insista na trajetória altista. Essa combinação perversa, de recessão e
inflação, está levando o desemprego para níveis assustadores.
Não há perspectiva de recuperação rápida da atividade.
Talvez, em meados de 2017, o país comece a dar os primeiros sinais de que saiu
do atoleiro. Isso, é claro, se Dilma mantiver o juízo e adotar, de vez, uma
política econômica responsável.
Esse quadro devastador não impediu o Banco Central de, mais
uma vez, aumentar a taxa básica de juros (Selic), para 14,25% ao ano. Desde o
piso alcançado pela Selic, de 7,25%, que vigorou por apenas seis meses, entre
outubro de 2012 e abril de 2013, os juros subiram 7 pontos percentuais, um
choque inacreditável para a atividade. O Comitê de Política Monetária (Copom)
avisou que o arrocho está concluído. Diante desse recado explícito, os
analistas já começaram a contagem regressiva para a redução da taxa básica.
QUANDO
CAIRÁ?
Até o fim do anúncio do ciclo de alta, as apostas eram de que
os cortes na Selic começariam a partir do segundo trimestre de 2016, quando,
por efeito estatístico, a inflação mostrará um tombo. Agora, uma leva de
especialistas começa a cogitar a possibilidade de os juros baixarem ainda no
fim deste ano, dada a gravidade do quadro econômico. O que se verá daqui por
diante é um filme de terror. O desemprego vai disparar, o calote nos
empréstimos e financiamentos dará um salto expressivo e o estouro da bolha de
crédito tenderá a espalhar o pânico.
Entre os banqueiros, o clima é de total apreensão. A ordem
foi ampliar o máximo possível as provisões para crédito de liquidação duvidosa.
A torneira de empréstimos praticamente fechou. Empresas do setor imobiliário
estão tendo todos os pedidos de financiamento negados. Teme-se que o setor
repita o colapso registrado no ramo automobilístico. Essa situação não seria relevante
se as operações de crédito não representassem hoje quase 60% do Produto Interno
Bruto (PIB). Os mais pessimistas falam em um possível estouro de bolha
semelhante ao que se viu nos Estados Unidos em 2008.
O economista João Sayad, ex-ministro do Planejamento, está
sendo otimista demais, esperando que haja crescimento a partir de 2018. É só
lembrar que a cada ano que Dilma deixa de executar o corte de gastos correntes,
sem promover, de fato, o ajuste fiscal, na prática, ela empurra para frente – o
correspondente a três exercícios, ou três anos – a possibilidade de recuperação
econômica.
Portanto, como em 2015 a tentativa de obtenção de Superávit
Primário já é um fiasco, temos mais três exercícios – 2016, 2017 e 2018, no
mínimo – comprometidos com o ajuste, que deve ser perseguido em escala
crescente nesse período. Até que se obtenha o montante suficiente para cobrir
os juros da dívida.
E enquanto a inflação não der trégua a taxa básica de juros
brasileira não vai cair, induzindo o padrão recessivo por falta de investimento
e ampliação do consumo.
RETOMADA DO
CONSUMO
Além disso, depois da inflação dominada, demandará um bom
tempo até que a política de rendas dê ao brasileiro condições de retomada no
crescimento do consumo, podemos dizer que esperar crescimento para 2018 é sim
uma posição muito otimista do Sr. Sayad.
Na verdade, o PT já comprometeu a economia por, no mínimo,
dez anos, desconsiderando, isso, os primeiros quatro anos de Dilma. Todos os
fundamentos do equilíbrio econômico deterioraram, e só não estamos pior, porque
ainda temos alguma reserva cambial.
ESGOTAMENTO
DAS RESERVAS
Outra coisa em relação à declaração do Sr. Sayad, a perda do
grau de investimento num primeiro momento é de fato a desvalorização cambial
(aumento da cotação do dólar) que já está acontecendo mesmo antes da queda da
gradação pelas agências de risco.
Mas, num segundo momento o perigo que está se avizinhando é o
esgotamento das nossas reservas e a provável futura necessidade de termos de
recorrer ao FMI e nos submeter a um arrocho fiscal e monetário muito maior, a
beira do insuportável, como já vivemos no segundo período do governo de FHC,
quanto tivemos que suportar um ajuste imposto pelo Fundo Monetário
Internacional para preservar o real.
Só que agora o sacrifício não será por uma causa justa, como
a manutenção do equilíbrio monetário, mas, pela irresponsabilidade, pelo
amadorismo e mesmo pela maldade de um grupo político que está nos empurrando
para o abismo econômico-social.
Correio Braziliense.
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