NARGUILÊ; A CADA FUMADA VOCÊ ESTÁ CONSUMINDO O EQUIVALENTE A CEM CIGARROS
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FUMAR
NARGUILÊ POR 1 HORAS EQUIVALE A 100 CIGARROS.

Campanha do dia nacional de combate ao fumo mostra os males que o cachimbo causa
Apesar de trazer os mesmos riscos que o cigarro, o narguilé é
visto por muitos como uma opção mais saudável. Para desconstruir essa ideia, o
Dia Nacional do Combate ao Fumo, lembrado hoje, escolheu o objeto como tema.
Uma sessão de uma hora de uso do cachimbo de água equivale a
fumar 100 cigarros, segundo estudo do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Isso
acontece porque o volume de tragadas do cigarro alcança 30 a 50 ml entre cinco
e sete minutos, enquanto no narguilé esse índice é de 1.000 ml por hora. Em
2008, o IBGE estimou que 300 mil pessoas usavam o instrumento.
“As pessoas entendem que causa menos males que o cigarro, mas
é o mesmo fumo”, garante Cristina Perez, consultora técnica da área de
Prevenção e Promoção da Saúde da Fundação do Câncer. A especialista afirma que
a hipótese de água filtraria as substâncias tóxicas não é verdadeira.” Faz mal
do mesmo jeito”, alerta.
Outro mito seria que os sabores adicionados em alguns
caximbos iriam diminuir o efeito. “É só para disfarçar o sabor desagradável”,
ressalta. Esses sabores, contudo, muitas vezes servem para pessoas que nunca
fumaram. E, depois, muitos passam a consumir o cigarro tradicional também.
“Pode ser um produto para a iniciação”, salienta.
Cristina destaca ainda que, por muitas vezes ser usado
coletivamente, o narguilé pode ajudar a transmitir doenças como herpes,
tuberculose e hepatite C. Por fim, a fumaça do cachimbo de água causa o mesmo
efeito que a do cigarro em fumantes passivos. O Perfil do Tabagismo entre
Estudantes Universitários no Brasil mostrou que, em 2011, 80% dos estudantes
que consumiam com frequência algum derivado do tabaco escolhiam o narguilé.
Número de fumantes está caindo
O índide de fumantes no Brasil está em queda, mas essa
redução é menor entre as mulheres. Foi o que apontou levantamento do Centro de
Medicina Nuclear da Guanabara (CMNG). O instituto analisou 1.600 pessoas, todas
funcionárias de grandes empresas, e descobriu que 8,8% das mulheres usavam
cigarro, contra 7,64 dos homens. A média foi de 8,1%.
Para Eduardo Duarte, coordenador do Centro de Check-Up do
CMNG, a diferença é explicada pelo fato das mulheres, cada vez mais, adotarem
hábitos masculinos. O médico acredita que será possível continuar reduzindo o
número de fumantes. “Acredito que vai diminuir mais. A consciência está se
fazendo cada vez mais presente”, avalia.
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
IG - O Dia
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