PETROBRÁS QUEBRANDO, SECANDO POÇOS E DEMITINDO NA BAHIA.
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PETROBRÁS
QUEBRANDO, SECANDO POÇOS E DEMITINDO NA BAHIA.
Petrobras suga até a última gota, recolhe as sondas e demite centenas na
Bahia
Berço da indústria petrolífera no Brasil, a Bahia vai sair do
mapa de exploração da Petrobrás. A empresa informou ao sindicato local que, até
março, vai desligar todas as sondas de perfuração terrestre usadas para
encontrar novos reservatórios no Estado.
Com isso, 344 empregados da prestadora de serviços Lupatech
serão demitidos já no mês que vem, segundo o Sindipetro-BA. Mais mil
funcionários concursados da Petrobrás, que trabalham na região Nordeste se
revezando em diferentes bacias, vão perder sua função. A empresa ainda não
informou onde e com o que eles vão trabalhar daqui para a frente.
“O número de demissões vai ser muito maior (do que os da
Lupatech), já que, por desdobramento, trabalhadores das áreas de transporte,
alimentação, vigilância e serviços especiais também serão impactados”, informou
o sindicato, em nota.
Atualmente, a Petrobrás atua em 37 blocos exploratórios na
Bahia, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP). A produção média no Estado já chegou a superar os 40 mil
barris diários, mas, sem investimentos de recuperação, hoje está na faixa de 32
mil barris por dia, provenientes de campos terrestres maduros.
Além do desligamento das sondas de perfuração terrestres – a
exploração marítima é muito pequena no Estado -, a Petrobrás planeja reduzir de
20 para 17 o número de sondas de produção na Bahia. O processo faz parte do
programa de redução de investimento em R$ 7 bilhões apenas em 2016.
Histórico – Ao abandonar a exploração na Bahia, a Petrobrás
encerra uma fase de sua história. O primeiro óleo no Brasil foi descoberto no
Estado, em 1930, no município de Lobato. A produção local motivou a criação da
Petrobrás, em 1953, que se manteve exclusivamente no Estado até 1965.
Ao todo, a petroleira planeja reduzir a exploração terrestre
em sete Estados das regiões Sudeste, Norte e Nordeste. Além da Bahia, está
enxugado a estrutura em Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Natal, Manaus e
Sergipe, como foi informado ao Sindipetro-BA, em reunião ocorrida na última
terça-feira. Com a mudança, todo o pessoal próprio vai ser realocado, mas a
definição de para onde irão só será conhecida com a divulgação do plano de
reestruturação interna, que ainda está sendo concluído pela empresa.
Para Breno Costa, conselheiro da Redepetro Bahia, que reúne
os fornecedores locais, outras petroleiras, de menor porte, devem sustentar o
investimento na indústria baiana. Ele enxerga a medida como uma mudança de
perfil do setor no Estado. “Na 13.ª rodada (leilão de concessão de áreas
exploratórias), 18 blocos foram arrematados na Bacia do Recôncavo por oito
empresas, 15 já tiveram seus contratos assinados. Acredito que a atividade vai
crescer nos próximos meses”, disse.
Pequenas e médias petroleiras reunidas na Associação
Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP) também
enxergam no encolhimento da Petrobrás uma oportunidade. A associação defende
que a companhia venda suas participações. “Estamos na expectativa, mas ainda
não há uma sinalização da estatal”, afirmou Aníbal Santos, secretário executivo
da entidade.
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