VACINAS EM FALTA NOS POSTOS DE SAÚDE ASSUSTAM POPULAÇÃO DO DF.
18:28Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!VACINAS EM FALTA ASSUSTAM POPULAÇÃO DO DF.
Estoque de sete tipos de vacina está zerado no DF
Gestantes e bebês estão entre os
prejudicados. Governo de Brasília alega esperar repasse federal.
Quem procura os postos de saúde
para se vacinar pode voltar para casa sem a imunização. O Distrito Federal está
com o estoque zerado de sete tipos, e
parte deles ainda não tem
previsão de reposição. São as vacinas contra as hepatites B e A, antitetânica (dT
adulto), DTP (difteria, tétano e coqueluche), dTpa para gestantes (difteria,
tétano e coqueluche acelular), dTpa infantil e soro antirrábico.
O repasse dessas vacinas é
realizado via Ministério da Saúde. Segundo a Secretaria de Saúde do DF, por
meio de nota, até o fim do mês de fevereiro, as vacinas contra hepatite B e DTP
deverão estar à disposição da população. No entanto, ainda não há previsão para
o reabastecimento dos demais imunobiológicos. O órgão afirma que continua em
constante diálogo com o Ministério da Saúde para regularizar todos os
abastecimentos.
Algumas vacinas podem gerar uma
preocupação maior, como o caso do soro antirrábico. “Se uma pessoa é mordida
por um cachorro que apresenta sinais da raiva, ela precisa tomar o soro o
quanto antes ou pode ocasionar danos irreversíveis para a saúde. É um
imprevisto que ninguém espera”, explica a infectologista Valéria Paes. Já a
hepatite B, por exemplo, é transmitida por meio de relações sexuais e objetos
contaminados.
Outra vacina com estoque zerado, a
dTpa para gestantes reforça a proteção contra coqueluches. A vacina entrou 2014
no calendário nacional de vacinação pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e ajuda a
diminuir a incidência e mortalidade por coqueluche nos recém-nascidos. “Sem a
prevenção, claro que o bebê fica exposto”, completa a infectologista.
Para a presidente do Sindicato dos
Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Sindsaúde–DF), Marli
Rodrigues, a escassez das vacinas é a consequência da falta de planejamento de
sucessivos governos com a área da saúde. “Existem denúncias relacionadas a
isso. Se falta aqui, falta também em outros estados. Mas não tem explicação
para tamanho descaso”, critica a representante do Sindsaúde.
Jornal de Brasília
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