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IMPRENSA NORTE AMERICANA EM TEMPO DE QUEBRADEIRA-JORNAIS ESTÃO FECHANDO AOS MONTES E REDUZINDO EMPREGOS
19:52Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!
QUEBRADEIRA
GERAL NA IMPRENSA ESCRITA?
A
INTERNET ESTÁ MESMO MATANDO OS JORNAIS? NOS EUA, REDAÇÕES ENCOLHEM 60%

Dados sobre demissões e
redução de postos de trabalho estavam espalhados. Até agora. O governo
norte-americano juntou os números e são assustadores
Imagine uma
indústria qualquer encolher 60% seus empregos em 25 anos. Vai sumir, dirá você.
Espero que não, porque estamos falando da indústria de jornais. Ou, pelo menos,
estamos falando dos jornais nos Estados Unidos, que entre junho de 1990 e março
de 2016 despencaram de 458 mil pessoas empregadas para 183 mil, uma redução
brutal de 275 mil postos de trabalho, 11 mil demissões ao ano (!).
A indústria
de periódicos (revistas) foi um pouco "melhorzinha": saiu de 150 mil
empregos em dezembro de 1990 para 93 mil empregos em março de 2016. Queda de
38% em 25 anos, perda de 57 mil postos de trabalho. Cerca de 2,3 mil demissões
por ano.

O estudo do
governo norte-americano mostra que, em contrapartida, houve aumento dos postos
de trabalho na indústria de mídia online Os dados são bem animadores, mas o
crescimento ainda não é suficiente para amparar a queda de empregos do outro
lado. Segundo o estudo, nesse período os empregos digitais saltaram de 30 mil
para 198 mil postos. Crescimento de 6,6 vezes em 25 anos, gerando 168 mil novos
empregos. Falta achar vagas ainda para os 164 mil profissionais que ficaram de
fora.

O gráfico do
ministério do trabalho dos EUA é muito detalhado e mapeia as quedas de todas as
verticais desse setor afetadas pela internet e a mídia digital. Nada no entanto
caiu tanto quanto jornais. Livros reduziram em 35% seus postos de trabalho, e o
rádio teve queda de 27%.
Alguém
cresceu? Sim, o mercado de produção de vídeos e filmes acelerou, decolando de
92 mil vagas em 1990 para 239 mil em março de 2016, um crescimento de 162%. O
mercado de TV a cabo teve ligeiro crescimento, indo de 51 mil postos de
trabalho em 1990 para 64 mil em março de 2016.
O
crescimento do mercado de publishing online, somado com o crescimento de vídeo
e filmes aponta que há um cenário melhor para os profissionais que perderam
seus empregos nas redações dos jornais tradicionais nos Estados Unidos, embora
a pergunta seja quanto mais ainda essa linha de queda dos newspapers vai
continuar. O gráfico será atualizado constantemente, para satisfação da nossa
curiosidade mórbida.
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