CRUZ VERMELHA METENDO A MÃO NO DINHEIRO QUE DEVERIA SER DA SAÚDE PÚBLICA DO DF.
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CRUZ
VERMELHA DISTRIBUIU R$ 3,5 MI DO DF A 15 PESSOAS E SETE EMPRESAS
MPDFT quer
a responsabilização de dirigentes e a devolução do repasse que deveria ter sido
usado para gerir duas UPAs no Distrito Federal.
O repasse de R$ 3,5 milhões que o GDF fez à Cruz Vermelha de
Petrópolis seguiu um caminho pouco usual após cair na conta da entidade. Com o
valor, transferido em 2010, a organização deveria administrar as unidades de
Pronto Atendimento (UPA) do Recanto das Emas e de São Sebastião. No entanto, em
vez de os recursos serem usados para comprar produtos médicos ou contratar
serviços de saúde, o dinheiro foi distribuído a pessoas físicas e empresas.
Dinheiro deveria ser destinado as UPAs.
Documentos obtidos pelo Metrópoles revelam que, ao longo de seis meses, 15 pessoas físicas e sete empresas receberam o dinheiro que saiu dos cofres públicos do Distrito Federal (veja abaixo). Um dos maiores beneficiários foi Carlos Augusto Baptista, com R$ 151,6 mil. Baptista era responsável pela organização social (OS) Inase e foi investigado pelo Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF-RN) durante a Operação Assepsia, por suspeitas de irregularidades na contratação da entidade pelo Hospital da Mulher.
Documentos obtidos pelo Metrópoles revelam que, ao longo de seis meses, 15 pessoas físicas e sete empresas receberam o dinheiro que saiu dos cofres públicos do Distrito Federal (veja abaixo). Um dos maiores beneficiários foi Carlos Augusto Baptista, com R$ 151,6 mil. Baptista era responsável pela organização social (OS) Inase e foi investigado pelo Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF-RN) durante a Operação Assepsia, por suspeitas de irregularidades na contratação da entidade pelo Hospital da Mulher.
Outro beneficiado pelo repasse dos valores foi Salomão Lemos
Gonçalves, ex-prefeito de Cordeiro (RJ). Segundo a planilha, ele recebeu R$ 44
mil. Em 2014, Gonçalves teve o mandato cassado pela Câmara Municipal. O
político foi acusado de ter participado de um suposto esquema de desvio de
verbas feito por meio da compra de medicamentos. Ele chegou a ter os bens
bloqueados, em ação proposta pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
Contrato
cancelado, dinheiro evaporado
Firmado em julho de 2010, o contrato do GDF com a Cruz
Vermelha de Petrópolis foi cancelado um mês depois, por suspeitas de
irregularidades. Mesmo assim, a entidade recebeu R$ 3,5 milhões e, segundo o
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), não devolveu o
dinheiro.
Já o pedido de abertura de inquérito policial quer o
indiciamento dos dois representantes da entidade responsáveis por repassar o
dinheiro recebido do GDF: Richard Strauss Cordeiro Junior e Douglas Souza de
Oliveira. A denúncia do MPDFT os acusa de formação de quadrilha, apropriação
indébita e uso irregular de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS).
Entidade admite irregularidades
Ao ser questionada pelo Metrópoles, a Cruz Vermelha Nacional
(CVN) admitiu que houve problemas no contrato firmado entre o GDF e a Cruz
Vermelha de Petrópolis. Segundo a CVN, a entidade foi usada “indevidamente” em
2010 por “pessoas de má-fé” que visavam ao “enriquecimento ilícito”.
A reportagem procurou as pessoas citadas como destinatárias
dos repasses, mas não conseguiu localizar nem os suspeitos nem os respectivos
advogados. Já a Secretaria de Saúde informou apenas que o contrato foi
rescindido cerca de um mês após ser celebrado.
METRÓPOLES.COM
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