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VIOLÊNCIA NO DF: OS NÚMEROS SEGUNDO O SINDICATO DOS POLICIAIS, SÃO DE GUERRA!
17:58Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!
VIOLÊNCIA NO DF: OS NÚMEROS SEGUNDO
O SINDICATO DOS POLICIAIS, SÃO DE GUERRA!
A criminalidade que assola Brasília já chega a níveis comparados com
atentados terroristas. Segundo levantamento do Sindicato dos Policiais Civis do
Distrito Federal (Sinpol-DF), no último fim de semana, entre as 0h de
sexta-feira (11) e as 6h de segunda-feira (14), a capital federal registrou 16
homicídios (10 tentados e seis consumados) e três latrocínios (dois consumados
e um tentado) nas últimas 72 horas.

Mas os números da capital federal não param ali: foram registrados, nas
delegacias do DF, 227 roubos a transeuntes, 62 subtrações de veículos, cinco
roubos a residência e dois roubos com restrição de liberdade. Foram mais de
quatro crimes graves por hora, em média.
No caso dos roubos a residência, em três das ocorrências os bandidos
entraram enquanto havia apenas mães e filhas em casa. Um acontecimento nada
agradável para marcar o Dia das Mães nessas famílias.
Os números, contudo, podem ser bem piores: há quase dois anos, o
governador Rodrigo Rollemberg ordenou o fechamento de 20 Delegacias de Polícia
(DPs). Muitas das vítimas só conseguirão registrar os crimes a partir de hoje;
tantas outras, infelizmente, não irão
comunicar a ocorrência.
As poucas DPs que ainda mantém o plantão em funcionamento não dispõem de
efetivo suficiente. Na 21º DP, em Taguatinga Sul - e em quase todas as outras -
havia apenas quatro policiais civis trabalhando no plantão do último final de
semana.
Na região da 21ª DP, ocorreram dois dos 16 casos de homicídios
registrados. Os policiais civis se dividiram em duplas para dar conta dos
trabalhos. Enquanto uma dupla foi até a cena dos dois crimes, a outra ficou na
delegacia para atender à população e fazer o registro dos flagrantes.
“Está clara a sobrecarga de trabalho a que esses policiais civis foram
submetidos sob anuência da Polícia Civil do DF (PCDF), um total desrespeito não
só a esses profissionais, mas ao regimento interno da instituição que recomenda
o mínimo de seis policiais civis para uma equipe do plantão.
Nessas condições, é humanamente impossível iniciar uma investigação. O
trabalho de repressão criminal exercido pelos policiais civis tem como
principal inimigo o tempo. É preciso agir o mais rápido possível para que as
provas não sumam”, comentou o Sinpol em nota.
Uma dupla de policiais civis não consegue, sozinha, dar conta também de
preservar o local de crime até a perícia chegar e, ainda, ir atrás de
testemunhas.
Em nota, o sindicato aponta que “o cenário catastrófico ao qual o
Distrito Federal foi submetido é consequência direta da falta de investimentos
na Segurança Pública. A PCDF, hoje, tem o efetivo defasado em mais de 50%. O
Governo Rollemberg caminha para ser o primeiro que não realizará concurso para
os cargos de Agente e Escrivão de Polícia. Não se adquiriu, neste governo,
sequer viatura. Este sucateamento da Polícia Civil está não só levando nossa
população a um sentimento de insegurança, mas a uma insegurança real”.
Mesmo com índices tão altos, a área ainda não tem recebido o tratamento
prioritário que precisa - e a população está pagando caro por isso.
Por Sinpol-DF
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