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CONCURSO DA POLÍCIA FEDERAL: SALÁRIOS VARIAM DE R$ 11 MIL A R$ 22 MIL. VEJA AS DICAS.
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CONCURSO DA POLÍCIA FEDERAL: SALÁRIOS
VARIAM DE R$ 11 MIL A R$ 22 MIL. VEJA AS
DICAS.
Confira dicas de estudo para
conquistar uma das 500 vagas do concuro da PF
As provas do esperado concurso da Polícia Federal serão em agosto. Os
interessados precisam ficar atentos para não perder o prazo de inscrição (que
termina em 2 de julho), além de intensificar o ritmo de estudos. O certame,
organizado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de
Promoção de Eventos (Cebraspe), é voltado para homens e mulheres com ensino
superior e que tenham no mínimo 18 anos completos até 6 de fevereiro, dia da
matrícula no Curso de Formação Profissional. O edital oferece 500 vagas para os
cargos de delegado (150), perito criminal (60), escrivão de polícia federal
(80), papiloscopista (30) e agente (180). Entre as oportunidades, 100 são
reservadas para candidatos que se declararem negros e 28 para pessoas com
deficiência.
Todas as carreiras têm salários bastante atrativos, variando entre R$
11.983,26 e R$ 22.672,48 para jornada de 40 horas semanais com dedicação
exclusiva. Os aprovados serão lotados em Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e em unidades de
fronteira. A primeira etapa do certame inclui prova objetiva, com 120 itens, e
discursiva, com cinco horas de duração (exceto para o cargo de delegado:
candidatos a esse cargo terão quatro horas para resolver os testes); exame de
aptidão física em barra fixa, natação, corrida, impulsão horizontal (salto em
comprimento com pés juntos); exame médico e avaliação psicológica. A segunda
etapa consiste em enviar os documentos necessários para a matrícula no Curso de
Formação Profissional.
Professor de geografia na Secretaria de Estado de Educação (SEDF),
Leonardo da Silva Lima, 27 anos, está de olho no cargo de agente. “Estudo de
cinco a oito horas por dia, faço cursinho presencial, resolvo questões, assisto
a videoaulas e participo de simulados on-line aos domingos. Além disso, nado,
corro e treino barra três ou quatro vezes por semana”, relata. Leonardo
acredita que os itens de contabilidade serão o maior desafio para ele. “Estão
previstas 24 questões dessa matéria, que é a mais pesada para mim. Informática,
com 36 itens, é outra dificuldade”, conta. Para superar o obstáculo, o jovem
treina bastante. “Faço de 200 a 350 exercícios para todos os conteúdos
diariamente”, diz.
Dicas de estudo
Informática será cobrada para os cargos de agente, perito criminal,
escrivão e papiloscopista. Renato Mafra, professor da temática no Em Foco e no
Espaço Campus, observa que o conteúdo do edital é extenso e isso pode gerar
certa dificuldade. “O tempo de estudo é curto, e o material solicitado é vasto.
O Cespe trouxe vários tópicos que não cobra regularmente, como mineração de
dados (processo de descoberta de informações em grandes conjuntos de dados),
banco de dados (conjunto de arquivos associados entre si que registram dados de
pessoas, animais, entre outros), noções de Python (linguagem de programação)”,
alerta.
Apesar disso, a dica é não abandonar assuntos que são cobrados
regularmente pela banca só porque há novos no edital. “Exemplos de temas
recorrentes são sistemas operacionais (Windows e Linux), pacote escritório
(Word, Excel, PowerPoint), navegadores (Chrome, Firefox, Safari, Opera e
Internet Explorer), redes de computadores, como Virtual Private Network (VPN) e
Local Area Network (LAN)”, afirma.
Dicas certeiras
Direito penal e direito processual penal são conhecimentos comuns a todos
os cargos. O professor de direito penal do Estratégia Concursos Renan Araujo
recomenda atenção aos tópicos fato típico, ilicitude e crimes contra o
patrimônio. “Quem não estiver afiado nesses dois primeiros temas terá
dificuldade ao estudar os crimes em espécie, como homicídio. Além disso, esses
assuntos são muito cobrados pela banca”, orienta. Araujo diferencia os termos e
explica a importância de estudá-los. “O fato típico engloba temas como dolo,
culpa, nexo de causalidade, entre outros. Já a ilicitude é fundamental por
causa das excludentes de ilicitude, sempre cobradas (estado de necessidade,
legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de
direito)”, esclarece.
Os candidatos devem ficar de olho na Lei
nº 13.654/2018, que trouxe inovações em relação aos crimes contra o
patrimônio (furto e roubo). “No roubo, por exemplo, a pena aumentava quando o
infrator utilizava qualquer arma. A lei passou a prever uma punição maior no
caso de utilização de arma, mas agora só de fogo. Ou seja, se o infrator
utilizar uma branca (faca, canivete etc.), por exemplo, não há mais aumento de
pena”, diz. O conteúdo de direito processual penal é sucinto, mesmo assim, é
muito importante ter cuidado ao estudá-lo. “Os principais temas são inquérito
policial e prisão em flagrante porque estão ligados à realidade da atividade
policial do dia a dia”, afirma Araujo. Os concorrentes ao cargo de delegado
precisam ter cautela com alguns conteúdos.
“O Cespe adora pedir questões que envolvam jurisprudências do Superior
Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF)”, observa Marcelo
Fernando Bócio, delegado federal e professor do Gran Cursos Online. Outra dica
é não deixar nenhum conteúdo de lado. “Geralmente, os candidatos para delegado
gostam de estudar direito penal, processual, administrativo, constitucional,
mas é preciso ir além dessas matérias e saber bem disciplinas como direito
previdenciário, tributário, civil e processual civil”, diz. O delegado cita
legislações importantes de serem estudadas a fundo em direito penal, por terem
chances de caírem na prova: são as leis
nº 11.343/2006 (do crime de tráfico de drogas), nº 8072/1990 (crimes
hediondos), nº 12.830/2013 (delegado de polícia) e nº 90.613/1998 (lavagem de
dinheiro).
O que cai na prova?
Verifique os conteúdos cobrados para cada cargo
Agente de polícia federal: língua portuguesa, noções de direito
(administrativo, constitucional, penal e processual penal), legislação
especial, estatística, raciocínio lógico, informática e contabilidade geral.
Delegado: direito (administrativo, constitucional, civil, processual
civil, empresarial, internacional público, penal, processual penal,
previdenciário, financeiro e tributário), direito e cooperação internacional, e
criminologia
Escrivão de polícia: língua portuguesa, noções de direito (administrativo,
constitucional, penal e processual penal), legislação especial, estatística,
raciocínio lógico, informática, contabilidade geral e arquivologia.
Papiloscopista: língua portuguesa, noções de direito (administrativo,
constitucional, penal e processual penal), legislação especial, estatística,
raciocínio lógico, informática, arquivologia, biologia, física e química.
Perito criminal: língua portuguesa, informática, noções de direito
(administrativo, constitucional, penal e processual penal), legislação especial,
raciocínio lógico e conhecimentos específicos de acordo com a área (há 14 no
total).
O que diz o edital
Concurso da Polícia Federal
Inscrições: até 2 de julho no link bit.ly/inscriçãopf. Acesse o edital em
http://bit.ly/editalppf
Taxas: R$ 180 (agente, escrivão e papiloscopista policial) e R$ 250
(delegado e perito criminal)
Salários: entre R$ 11.983,26 (agente, escrivão e papiloscopista policial)
e R$ 22.672,48 (delegado e perito criminal)
Vagas: 500, para delegado (150), perito criminal (60), escrivão de
polícia federal (80), papiloscopista (30) e agente de polícia federal (180)
Provas objetivas e discursivas: 19 de agosto
Local: todas as capitais do país
Passe bem / Direito processual penal
A respeito do inquérito policial, assinale a opção correta:
a) O inquérito policial poderá ser iniciado apenas com base em denúncia
anônima que indique a ocorrência do fato criminoso e a sua provável autoria,
ainda que sem a verificação prévia da procedência das informações.
b) Contra o despacho da autoridade policial que indeferir a instauração
do inquérito policial a requerimento do ofendido caberá reclamação ao
Ministério Público.
c) Sendo o inquérito policial a base da denúncia, o Ministério Público
não poderá alterar a classificação do crime definida pela autoridade policial.
d) O inquérito policial pode ser definido como um procedimento
administrativo pré-processual destinado à apuração das infrações penais e da
sua autoria.
e) Por ser instrumento de informação pré-processual, o inquérito policial
é imprescindível ao oferecimento de denúncia.
CB.DF
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