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DIRETOR DE COLÉGIO PARTICULAR EM SAMAMBAIA AGRIDE PROFESSOR DENTRO DO SINDICATO.
17:53Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!DIRETOR DE COLÉGIO PARTICULAR EM SAMAMBAIA AGRIDE PROFESSOR DENTRO DO
SINDICATO.
DIRETOR DE COLÉGIO PARTICULAR EM SAMAMBAIA AGRIDE PROFESSOR DENTRO DO
SINDICATO.
O Coordenador do Centro de Ensino
Logos de Samambaia, Paulo Victor Bezerra atacou a socos o professor Cristiano
Alexandre Batista, 36 anos, na sede do Sindicato dos Professores em
Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinproep-DF), no
Setor de Indústrias Gráficas (SIG), quando o docente tentava homologar rescisão
contratual.
Cristiano relatou ao Metrópoles que o conflito se
iniciou porque a escola quis descontar valor equivalente a três dias de
trabalho da multa pela rescisão. Segundo o professor, a instituição alegava
faltas não compensadas do profissional. Conforme argumentou o docente, ele
não lecionou nesses dias por problemas de saúde.
“Tenho rim transplantado há 11
anos. No início do mês passado, tive intercorrências e precisei ir ao Instituto
Hospital de Base (IHB). Por isso, faltei”, narrou Cristiano. “Inclusive, tenho
dois atestados médicos. Um, de cinco dias, concedido em 3 de maio deste ano. O
outro, de quatro dias”, acrescentou. O professor lecionou no colégio por nove
meses e, segundo ele, foi demitido no mês passado.
Após contestar o desconto feito
pela escola, Cristiano teria afirmado ao funcionário do Sinproep responsável
pela homologação que faria ressalvas. Naquele momento, Paulo Victor
supostamente se irritou. “Ele me chamou de ‘moleque’ e ‘irresponsável’. Falei
que isso era ele. Aí fui empurrado e agredido com socos e pontapés”, relatou
a vítima.
Ainda de acordo com Cristiano, o
coordenador do colégio colocou a vida dele em risco ao chutá-lo próximo à
região do rim transplantado. “Vou acionar a Justiça contra o desconto feito
pela escola e por causa da agressão física”, finalizou, logo após ter
registrado boletim de ocorrência na 5ª Delegacia de Polícia
(Área Central).
O sindicato reprovou a atitude e
prestou apoio ao professor. Inclusive, disponibilizou o próprio advogado para
suporte ao docente. O diretor jurídico do Sinproep, Rodrigo de Paula, afirmou
que colegas da rede privada de ensino organizam manifestação em frente ao
Centro de Ensino Logos.
Outro lado
A reportagem questionou o
advogado sobre o porquê de o coordenador ter continuado a desferir golpes mesmo
após Cristiano cair no chão. “O Paulo tentou fazer com que ele (professor) não
se levantasse, porque estava em momento de fúria. Se há um agressor, é o
professor. Se há um agredido, é o Paulo, no aspecto moral, físico e emocional”,
respondeu.
A nova legislação trabalhista diz
que rescisões contratuais não exigem homologação nos sindicatos, mas podem ser
feitas diretamente com o empregador. Apesar disso, o diretor jurídico do
Sinproep afirma que o procedimento é realizado no DF por causa de uma convenção
da categoria. Após a confusão, a homologação da rescisão do professor foi
suspensa.
NOTA DO COLÉGIO
Colégio Logos em Samambaia.
Por e-mail, o Centro de Ensino
Logos negou as agressões contra o docente: "O Centro de Ensino LOGOS, em
nome do seu corpo diretivo, ressalta que os fatos mencionados na presente
matéria pelo seu ex-colaborador não condizem com a verdade, tendo em vista que
trata-se de uma instituição que atua no ramo educacional há 28 anos e sempre
zelou, cuidou e cumpriu com todas as suas obrigações". A instituição
também afirma que sempre cumpriu rigorosamente com todos os direitos cabíveis
em relação aos seus colaboradores, pagando os tributos, impostos e outros
concerctários alegados pelos professor, declarando ainda que "não passam
de meras falácias".
O centro de ensino também frisou
que "em momento nenhum o ex-colaborador foi demitido estando de atestado
médico, mais uma vez trata-se de meras falácias por parte do professor.
Portanto, a postura do preposto da instituição foi apenas se defender da fúria
e palavras de baixo calão proferidas pelo professor, direcionadas ao preposto
da instituição". E complementou dizendo que o agressor foi o docente
Cristiano e não o sócio e advogado Paulo. "O Centro de Ensino Logos ressalta
que o agressor não foi o preposto da instituição, na realidade o preposto da
instituição foi agredido e insultado pelo professor. Em relação a agressão vale
dizer que quem foi agredido foi o preposto da instituição pelo professor acima
mencionado e que ao seu tempo a verdade será demonstrada".
SINDICATO REALIZOU ATO EM REPÚDIO A AGRESSÃO DE PROFESSOR
O Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do
Distrito Federal (SINPROEP) convida os(as) professores(as) e orientadores(as)
educacionais para um Ato de Solidariedade nesta segunda-feira (11), às 7h, em
frente ao Centro de Ensino Logos de Samambaia. A manifestação é um repúdio a
agressão sofrida pelo professor Cristiano Alexandre Batista.
Cristiano lecionava no Colégio Logos há quase um ano e foi agredido pelo
diretor da escola no momento que homologava seu contrato de trabalho na última
quinta-feira (07), no SINPROEP. Segundo representantes do sindicato, a vítima
lutava para ter seus direitos reconhecidos e quando teve a recusa do diretor da
escola, foi agredido com vários socos.
O combate a todo tipo de violência contra um professor sempre foi uma das
grandes lutas do Sinpro-DF. Tal violência representa uma ameaça à educação e ao
futuro deste país.
Com informações de Metrópoles.com e
Correio Braziliense
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