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ELEIÇÕES 2018 E PESQUISA IBOPE: 6 de cada 10 eleitores estão indecisos.
22:07Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!
6 DE CADA 10 ELEITORES ESTÃO INDECISOS OU NÃO QUEREM VOTAR: O QUE DIZ A
NOVA PESQUISA IBOPE
59% dos eleitores dizem que não
querem nenhum candidato ou não sabem quem escolher
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) lidera a corrida eleitoral para
o Planalto, seguido por Jair
Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (rede), aponta a nova pesquisa Ibope,
contratada pela Confederação Nacional das Indústrias, divulgada nesta
quinta-feira.
Diante da lista de candidatos, 33%
dos entrevistados disseram preferir Lula, contra 15% de Jair Bolsonaro (PSL),
Marina Silva (Rede), 7%, e Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB), 4% cada.
No cenário estimulado sem Lula, Bolsonaro marca 17%, Marina, 13%, Ciro, 8% e
Alckmin 6%. A pesquisa não é comparável com anteriores porque os cenários
testados são diferentes.
Já na sondagem sobre avaliação de
governo, o presidente Michel Temer atingiu novo recorde de rejeição: 79% dos
respondentes desaprovam a gestão em junho, contra 72% em março.
Quanto mais pobre o eleitor, mais chances de votar em Lula. O contrário vale para Bolsonaro
A pesquisa ouviu 2 mil eleitores
entre os dias 21 e 24 de junho e tem margem de erro de 2%.
Mas, há mais a ser visto na
pesquisa. A BBC News Brasil separou alguns dados revelados pela sondagem:
A pesquisa mostra que as intenções
de voto em Lula aumentam quanto menor é a renda do eleitor. No caso de
Bolsonaro, o oposto acontece: o nível de preferência é maior entre os mais
ricos. Em respostas estimuladas, Bolsonaro conquista 29% das menções entre
aqueles eleitores com renda familiar de mais de 5 salários mínimos. Nessa faixa
de renda, Lula marca 17%.
Lula se destaca entre os eleitores
de baixa escolaridade e baixa renda
No outro extremo, o petista amealha
45% de apoio entre aqueles que têm até 1 salário mínimo de renda familiar.
Entre os mais pobres, Bolsonaro tem apenas 7%.
O mesmo fenômeno se repete em
relação à escolaridade. Na estimulada, Lula obtém 44% da preferência daqueles
que concluíram até a quarta série do ensino fundamental, enquanto Bolsonaro
registra apenas 5% nesse grupo.
Entre aqueles eleitores com curso
superior, a intenção de voto de Lula cai para 20%. Bolsonaro registra 22%.
Marina, Ciro e Alckmin demonstram
pouca variação entre os índices de preferência quanto à escolaridade e à renda.
Voto de Bolsonaro é majoritariamente de homens
Dentre os homens, Bolsonaro obtém
21% das preferências, enquanto só 9% das mulheres que responderam à pesquisa
afirmam que votarão no ex-militar.
Já Lula tem 35% da preferência
delas, enquanto 31% dos homens dizem escolhê-lo.
As mulheres se mostram mais
desiludidas: 25% dizem que votarão branco ou nulo. Entre os homens, esse
percentual atinge 18%.
Sem Lula, Marina e Ciro ganham de Bolsonaro no Nordeste
Em um cenário sem o presidente
Lula, Bolsonaro obtém a maior taxa de preferência entre os demais candidatos
nas regiões Norte/Centro-Oeste (19%), Sudeste (19%) e Sul (21).
O Nordeste é seu ponto fraco, com
apenas 10% de menções. Ali, ele perde tanto para Marina Silva, que registra 16%
das preferências, quanto para Ciro Gomes, que tem 14%.
Em cenário sem Lula, Bolsonaro
ganha em todas as regiões, menos no nordeste
Collor lidera rejeição junto com Lula e Bolsonaro
Lula e Bolsonaro polarizam
preferências e estão na liderança da pesquisa. São também os campeões da
rejeição: 32% dos eleitores dizem que não votariam em Lula em hipótese alguma e
31% afirmam o mesmo em relação a Bolsonaro. O ex-presidente Fernando Collor de
Melo divide com ambos a aversão dos eleitores.
Collor, no entanto, registra apenas
1% das intenções de voto em seu melhor cenário.
A pesquisa revela que 59% de
eleitores ainda não sabem em quem votar ou não pretendem escolher ninguém: 31%
dos respondentes disseram que anularão ou assinalarão branco na urna, enquanto
28% não sabem ou não responderam.
"É um número mais alto de
indefinição do que o visto em outras eleições nesse mesmo período", afirma
Márcia Cavallari, CEO do Ibope Inteligência, responsável pela sondagem.
"Nas pesquisas, as pessoas estão expressando uma preocupação em ter um
voto consciente, citam interesse em ver programas e propostas dos candidatos. E
há uma incerteza sobre quem serão os candidatos", completa.

Insatisfação com Temer é maior entre os jovens e menor entre os mais
velhos
Temer é mais rejeitado entre os
jovens
Eleitores entre 16 e 24 anos são os
mais insatisfeitos com a gestão Michel Temer(MDB). Apenas 1% dos
respondentes nessa faixa etária avalia o governo como ótimo ou bom. Com a
margem de erro, o percentual pode chegar a zero.
E 82% dos jovens qualificam o
governo como ruim ou péssimo.
Entre os entrevistados com mais de
55 anos, Temer consegue seu maior percentual de ótimo ou bom: 5%. E 71% deles
dizem que a gestão é ruim ou péssima.
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