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ROUBO DE CARGAS: QUADRILHA SE DEU MAL! POLÍCIA DO DF ‘ESTOURA’ QUADRILHA QUE VENDIA PARA OS SUPERMERCADOS.
17:39Carlos Alberto-Há 40 anos vivendo Brasília!ROUBO DE CARGAS: QUADRILHA SE DEU MAL!
Onze pessoas foram alvos de mandados
de prisão em uma operação deflagrada pela Polícia Civil do DF (PCDF),
em parceria com a Secretaria de Fazenda do DF, na manhã desta quarta-feira
(13/6). Elas são suspeitas de roubar cargas e fazer revenda das
mercadorias em supermercados de diversas regiões administrativas.
A investigação da Coordenação de
Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) resultou, ainda, em três conduções
coercitivas (quando se a pessoa é obrigada a depor) e no cumprimento de 22
mandados de busca e apreensão.
A operação, batizada de Vocatus,
ocorre em Águas Claras, Estrutural, no Gama, em São Sebastião e na Cidade
Ocidental (GO). Além do Distrito Federal, os investigados atuavam no
Entorno e também praticaram crimes de lavagem de dinheiro e falsidade
ideológica.
Trata-se de um desdobramento
de uma outra ação deflagrada em 7 de março deste ano, quando foram
apreendidas aproximadamente 50
toneladas de mercadorias roubadas. O flagrante ocorreu no Gama.
O grupo criminoso era liderado por Eduardo
Fideles de Andrade. Segundo a Corpatri, os outros envolvidos são: Fernando
Marcos de Andrade, Bruno da Silva Ramos, Nyédia Rodrigues Peixoto da Rocha,
Petronilo Mesquita Ramos, Geraldo de Lima Sá Junior, Edivaldo Gomes da C. Mara,
Rogério Aparecido Leandro de Brito e Francisco José Cardoso de Brito.
As apurações mostram que os
criminosos atuavam há pelo menos quatro anos. O esquema funcionava como um
verdadeiro “centro de distribuição”, tendo como fornecedores assaltantes do
Entorno do Distrito Federal. Eles atuavam, principalmente, às margens das BRs
060 e 153.
Havia, ainda, integrantes
responsáveis apenas por negociar a carga roubada. Os criminosos contavam com
“atravessadores”, que intermediavam as vendas das mercadorias roubadas com os
supermercados
Ciclo de empresas
A polícia descobriu que a carga era
armazenada em galpões alugados no DF e, posteriormente, comercializadas em supermercados de Santa
Maria, Gama, Ceilândia e Samambaia.
A PCDF percorreu estas empresas e ao que foi apurado, algumas delas foram inaguradas recentemente e se utilizavam deste recursos para repor estoques.
Os criminosos usavam empresas de fachada na
emissão irregular de notas fiscais para “esquentar” as mercadorias roubadas e
inseri-las nas prateleiras de estabelecimentos comerciais.
O esquema também se valia de um
ciclo de empresas, que eram sucessivamente “descartadas” e criadas novas para
não chamar a atenção das autoridades. A Polícia Civil identificou um grande número
de “laranjas” e “testas de ferro”, que figuravam como sócios dessas companhias.
“A emissão das notas fiscais era
feita apenas em relação à parte da mercadoria a ser entregue, de forma que o
valor da transação comercial seria equivalente ao de mercado. Entretanto, a
mercadoria efetivamente entregue era superior ao valor constante no documento”,
explicou o delegado-chefe da Corpatri, Marco Aurélio Vergílio.
Os comparsas faziam os pagamentos à
organização criminosa em dinheiro ou entregando veículos, que posteriormente
eram revendidos. Sempre com o uso de procurações, dificultando o rastreamento
patrimonial e dos ganhos financeiros.

As investigações indicam a existência de inúmeras transações provenientes do lucro auferido com o comércio irregular de carga roubada, incompatíveis com a atividade econômica, ocupação profissional e capacidade financeira presumida dos envolvidos.

As investigações indicam a existência de inúmeras transações provenientes do lucro auferido com o comércio irregular de carga roubada, incompatíveis com a atividade econômica, ocupação profissional e capacidade financeira presumida dos envolvidos.
Pena
Os investigados foram indiciados
por organização criminosa, com as penas variando de três a oito anos de
reclusão; lavagem de dinheiro, (três a 10 anos de prisão); receptação (três a
oito anos); e falsidade ideológica (um a cinco anos). Foram identificados, até
o momento, ao menos 10 crimes praticados pelo bando, o que pode elevar a pena
mínima para mais de 30 anos de reclusão.
Metrópoles.com
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