SENADORES FERNANDO COLLOR E PEDRO CHAVEZ: "NÃO HÁ INDIGENTES NA COREIA DO NORTE: O GOVERNO CUIDA DE TODOS"!
14:28Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!
SENADORES FERNANDO COLLOR E PEDRO CHAVEZ: 'NÃO HÁ INDIGENTE LÁ': SENADOR
VAI A PYONGYANG E CITA NOVO GRUPO BRASIL-COREIA DO NORTE
O Senado Federal aprovou no último
dia 30 de maio a criação do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Coreia do
Norte, iniciativa que visa aproximar os dois países e que foi formalizada um
mês depois de uma visita dos senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Pedro Chaves
(PRB-MS) a Pyongyang.
Em entrevista exclusiva à Sputnik
Brasil, Chaves afirmou que a iniciativa de criação do grupo parlamentar, que terá 14 representantes
brasileiros (7 senadores e 7 deputados federais, além de 14 indicados pela
Coreia do Norte) foi uma iniciativa de Collor, e que a ida à capital
norte-coreana foi histórica.
"Estivemos lá na última quinzena do mês passado e fomos muito bem
recebidos. Foi quando [o líder norte-coreano Kim Jong-un e o presidente
sul-coreano Moon Jae-in] assinaram o tratado de paz na zona desmilitarizada. Eu
e o senador Collor representamos o Brasil, fomos recebidos como chefes de
Estado, com um tratamento maravilhoso", disse.
O parlamentar brasileiro destacou
estar confiante que há espaço para a reunificação das duas Coreias, e que a
alegria foi a tônica não só do lado sul-coreano, mas também entre a população
da Coreia do Norte.
"Sentimos que a Coreia do
Norte tem tudo a ver com a abertura […] houve por parte de todos os que
participaram deste momento uma alegria incontida, com bandeiras por todos os
lados. Famílias sabiam que poderiam se reencontrar a partir de agosto, com isso
vai acabar a barreira e o país se tornará mais unido", avaliou.
De acordo com dados da Organização
das Nações Unidas (ONU), o Brasil é o oitavo importador de produtos norte-coreanos, principalmente de peças para
circuitos eletrônicos, de telefonia e para aparelhos de informática – nos
últimos 20 anos, as trocas entre os dois países nesta área chegam ao R$
1,2 bilhão. Já as exportações brasileiras são majoritariamente de produtos
primários, como grãos, café, óleos e minérios.
Assim, os parlamentares brasileiros
enxergam as possibilidades de aumento das relações comerciais e de amizade
com os norte-coreanos, sobretudo no momento em que Kim vem se reaproximando da
Coreia do Sul e, no dia 12 de junho, se encontrará com o presidente dos EUA,
Donald Trump, em Singapura, em outro encontro histórico.
Chamando o líder norte-coreano de
"magnânimo", Chaves elogiou a iniciativa de Kim de se reaproximar de
Seul e também destacou o cenário que encontrou quando teve a oportunidade de
conhecer a capital norte-coreana, assim como conversar com populares
norte-coreanos.
"Tive ao meu lado um tradutor que falava coreano muito bem e
encontramos um povo feliz, embora o salário seja pouco, US$ 40, US$ 50 por mês.
Eles têm saúde, educação, esporte, tem tudo o que desejam e o governo oferece.
É um governo paternalista, ele [Kim] é adorado e não há quem fale mal do
governo […] não existe indigente lá, são todos tratados pelo governo",
afirmou o senador brasileiro.
Dando os méritos da iniciativa a
Collor, Chaves revelou ainda que um evento será realizado nos próximos 15 dias
na embaixada norte-coreana em Brasília, a fim de celebrar um novo momento nas
relações entre Brasil e Coreia do Norte.
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