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E O EX-ARROGANTE E CORRUPTO GIM ARGELLO VIRA REU DE NOVO PELO JUIZ SERGIO MORO!
06:56Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!
MORO ACEITA DENÚNCIA E GIM ARGELLO
VIRA RÉU NA LAVA-JATO MAIS UMA VEZ
O juiz Sérgio Moro, da
13ª Vara Federal de Curitiba, aceitou, nesta quinta-feira (09/08), denúncia
contra o ex-senador Gim Argello (sem partido) e o tornou réu por corrupção
passiva e lavagem de dinheiro. A força-tarefa Lava Jato do Ministério
Público Federal (MPF) no Paraná acusa o ex-parlamentar de receber propina da
Galvão Engenharia para amenizar as investigações relativas à empresa em
comissões de inquérito da Petrobras instauradas no Congresso
Nacional. Gim está preso desde abril de 2016 no Complexo Médico Penal, em
Pinhais, devido a um esquema semelhante.
Conforme a nova
denúncia, entre junho e dezembro de 2014, Gim pediu e aceitou R$ 5 milhões da
Galvão Engenharia. Efetivamente, o ex-senador recebeu R$ 1,6 milhão do montante
acertado no início das negociações. O valor teria sido destinado às campanhas
de três siglas que o apoiaram à reeleição àquele ano: PSL, PTdoB, hoje Avante,
e PEN, atualmente intitulado Patriota. Segundo a acusação, o PSL recebeu
R$ 150 mil, o PTdoB, R$ 400 mil, e o PEN embolsou R$ 1,050 milhão.
O R$ 1,6 milhão foi
repassado as três legendas por meio de cinco doações oficiais, “tudo com
intuito de dar aparência lícita à propina”, pontua a denúncia da força-tarefa
da Lava-Jato. Os procuradores da República complementam: “Os valores oriundos
dos crimes antecedentes a partir do apoio de PSL, PTdoB e PEN a Gim Argello
foram reinseridos na economia em favor do então parlamentar, a partir de atos
da campanha em seu benefício, tais como exposição política, pagamentos de
material de campanha, programas de TV e cabos eleitorais pelas referidas
agremiações”. Ou seja, para o MPF, as legendas receberam dinheiro em troca do
apoio político.
Ainda de acordo com a
força-tarefa, à época líder do Bloco Parlamentar União e Força no Senado, Gim Argello
indicou e substituiu membros do grupo partidária nas comissões. Para o MPF, com
as iniciativas, o ex-senador influenciou os rumos das apurações, evitando a
convocação de Dario Galvão, presidente da Galvão Engenharia, e de outros
executivos da empresa para deporem nas comissões de inquérito.
Um esquema semelhante
levou Gim à prisão. A Justiça Federal o condenou a 19 anos de prisão pelo
acerto de propina com as empreiteiras UTC Engenharia, OAS, Toyo Setal, Camargo
Corrêa e Engevix. O Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região reformou a
sentença e reduziu a penalidade para 11 anos e 8 meses de reclusão.
Ao Correio,
o advogado do ex-senador, Marcelo Bessa, afirmou que ainda não teve acesso à
decisão e, por isso, não se manifestaria.
Ana Viriato CB.Poder
RELEMBRANDO:
PUNIÇÃO EXEMPLAR PARA UM MESTRE EM
CORRUPÇÃO QUE USAVA ATÉ IGREJAS.
Gim Argello usou até igreja para
movimentar parte da propina de R$ 5,3 milhões, diz MPF
Ex-senador é preso por ter recebido valores para não convocar
empreiteiros em CPI
Gim Argello (PTB-DF) se mostrou calmo durante a prisão. Também foram
presos temporariamente dois assessores do ex-parlamentar - Ailton
Freitas / Agência O Globo
SÃO PAULO e
CURITIBA - O ex-senador Gim Argello, que foi vice-líder do governo no Senado de
março de 2008 a janeiro de 2015, foi
preso preventivamente nesta terça-feira na 28ª Fase da Operação Lava-Jato acusado
de receber propinas de R$ 5,3 milhões para barrar investigações sobre o cartel
de empreiteiras na Petrobras - a CPI do Senado e a CPMI do Congresso, que
reuniu Senado e Câmara dos Deputados. Presidente do PTB no Distrito Federal e
vice-presidente nacional do partido, Argello é suspeito de ter usado até mesmo
uma igreja para lavar dinheiro de corrupção.
Para o procurador Athayde Costa, é uma “gravidade e audácia” de Gim
Argello ter usado a CPI para cometer crimes.
— O crime foi dotado de inusitado atrevimento porque foi uma corrupção
para cobrir corrupção mesmo depois da deflagração da Operação Lava-Jato. O caso
de hoje revela uma corrupção qualificada, uma corrupção ao quadrado, uma meta
corrupção - afirmou o procurador.
A investigação sobre Argello começou quando Ricardo Pessoa, dono da UTC,
afirmou em delação premiada que procurou o então senador para que não fosse
convocado a depor nas comissões parlamentares em 2014, já depois de iniciada a
Lava-Jato. O encontro foi na casa do parlamentar, no Lago Sul de Brasília, e
Argello pediu R$ 5 milhões para barrar as convocações.
Pessoa disse ter perguntado se Argello garantiria "100%" que
não seria convocado a depor. Argello teria respondido que “100% ninguém
garante, mas 90% sim”. Uma semana depois do acerto, dois emissários de Argello
- Paulo Roxo e Valério Neves Campos, estiveram na sede da empreiteira em São
Paulo para combinar o pagamento, que foi feito com doações oficiais nas contas
de quatro partidos que se coligaram no Distrito Federal para as eleições de
2014.
Candidato ao Senado, Argello não se reelegeu. Sem foro privilegiado
quando a delação de Pessoa foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal, o
ministro Teori Zavascki determinou que o caso fique com o juiz Sérgio Moro, da
13ª Vara Federal.
POR STELLA BORGES / THAÍS SKODOWSKI, ESPECIAL PARA O
GLOBO / CLEIDE CARVALHO
12/04/2016 10:30 / atualizado 12/04/2016
19:33
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