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ESCÂNDALOS DE PEDOFILIA DA IGREJA CATÓLICA: PAPA FRANCISCO RECONHECE QUE A IGREJA DEMOROU A AGIR E CORRIGIR, E PEDE PERDÃO!
23:24Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!
PAPA FRANCISCO RECONHECEU MAIS UMA
VEZ, COM "VERGONHA E ARREPENDIMENTO", QUE A IGREJA CATÓLICA DEMOROU A
AGIR PARA COMBATER CASOS DE PEDOFILIA
Papa Francisco admite demora da Igreja em agir contra pedofilia
O fez em uma "Carta ao Povo
de Deus" divulgada nesta segunda-feira (20).
O papa Francisco reconheceu mais uma vez, com “vergonha e
arrependimento”, que a Igreja Católica demorou a agir para combater casos de
pedofilia, em uma “Carta ao Povo de Deus” divulgada nesta segunda-feira (20).

Na carta, Francisco diz que a pedofilia é um crime que
gera “profundas feridas de dor e impotência, em primeiro lugar nas vítimas, mas
também em suas famílias e na inteira comunidade, tanto entre os crentes como
entre os não-crentes”.
O documento afirma:
Olhando para o passado, nunca será suficiente o que se faça para pedir
perdão e procurar reparar o dano causado. Olhando para o futuro, nunca será
pouco tudo o que for feito para gerar uma cultura capaz de evitar que tais
situações não só não aconteçam, mas que não encontrem espaços para serem
ocultadas e perpetuadas.
O Papa ainda cita o relatório da Pensilvânia, que identificou
cerca de mil vítimas ao longo de um período de 70 anos. De acordo com o líder
católico, embora esses casos estejam no passado, as feridas “jamais
prescrevem”.
E NO CHILE, MAIS VERGONHA POR CAUSA DA PEDOFILIA ACOBERTTADA PELA CÚPULA DA IGREJA CATÓLICA.
CHILE APONTA 158 INVESTIGADOS NA IGREJA POR ABUSOS SEXUAIS
Entre as 266 vítimas, ao menos 178 eram menores de idade
O Ministério Público do Chile anunciou na última
segunda-feira (23) que 158 pessoas ligadas à Igreja Católica foram ou estão
sendo investigadas desde 1960 por crimes de abusos sexuais.
Coletiva de imprensa da Conferência Episcopal do Chile, em 23
de julho
Um relatório divulgado pelo órgão contabiliza ao menos 266 vítimas,
incluindo 178 menores de idade. Nos últimos 58 anos, foram abertos 144
inquéritos por abusos na Igreja, contra 158 pessoas, incluindo 74 bispos,
padres e diáconos e 65 integrantes de congregações, dentre os quais 16
salesianos e 15 maristas.
As investigações também envolvem 10 laicos de paróquias, colégios ou
órgãos pastorais e nove pessoas ligadas a instituições eclesiásticas, mas cujas
funções não puderam ser determinadas.
"Em sua grande maioria, os fatos denunciados correspondem a delitos
sexuais cometidos por sacerdotes, padres ou pessoas vinculadas a
estabelecimentos educacionais. Também existem cinco casos por acobertamento ou
obstrução de investigação contra superiores ou bispos", diz o relatório.
Além dos 178 menores de idade, há 31 vítimas adultas e 57 sem grupo
etário identificado, já que são casos anteriores à reforma penal de 2000. Do
total de investigações, 34 ainda estão abertas, e apenas 23 tiveram sentenças
condenatórias.
Escândalo
Em meados de julho, um padre foi preso sob a acusação de pedofilia, no
âmbito de um inquérito que investiga outros 14 prelados suspeitos de criarem
uma rede de abusos na diocese de Rancagua, no sul do país.
Óscar Muñoz Toledo, ex-reitor da Arquidiocese de Santiago, é acusado de
assédio e violência sexual contra pelo menos sete menores de idade entre 11 e
17 anos, incluindo parentes seus. Os casos teriam ocorrido em 2002.
O padre de 56 anos é o primeiro sacerdote católico preso desde março
passado, quando um relatório ordenado pelo papa Francisco desvendou a real
extensão do escândalo de pedofilia no Chile, que provocou a renúncia de todo o
episcopado local.
Os investigadores dizem que Rancagua abrigava uma
"fraternidade" de padres abusadores, descoberta por uma jornalista
que fingira ser menor de idade e fora aliciada online por um prelado. A Justiça
chilena já pediu que o Vaticano entregue toda a informação disponível sobre o
caso e apreendeu documentos nas dioceses de Santiago e Rancagua, uma ação sem
precedentes na nação latina.
Até o momento, Francisco aceitou as renúncias de cinco bispos chilenos,
incluindo o de Osorno, Juan Barros, acusado de encobrir os abusos cometidos
pelo padre Fernando Karadima, seu mentor e já condenado pelo próprio Vaticano.
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