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POLICIA DE NOVO NA PORTA DO BURITI E NA CLDF!
12:22Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!
POLÍCIA CIVIL INVESTIGA TRÁFICO DE
INFLUÊNCIA NO GOVERNO ROLLEMBERG
Entre os alvos, estão integrantes da Casa
Civil. Investigações apuram também suposto esquema envolvendo irregularidades
no Shopping Iguatemi
A Polícia Civil do DF faz
nesta terça-feira (7/8) operação contra denúncia de tráfico de influência e
advocacia administrativa envolvendo integrantes do governo de Rodrigo
Rollemberg (PSB). Estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão,
em Brasília e em São Paulo, autorizados pela 4ª Vara Criminal de Brasília. Há
equipes da PCDF no Palácio do Buriti, sede do GDF (foto em destaque).
Entre os alvos, estão o
assessor especial da Casa Civil Marcello
Nóbrega; o administrador do Lago Norte, Marcos
Woortmann; Leonardo Rocha de Almeida Abreu, irmão do chefe de Gabinete da
Casa Civil, Guilherme Rocha de Almeida Abreu; Luiz Fernando Messina,
ex-assessor do deputado distrital Rodrigo Delmasso (PRB); e Hermano Gonçalves
de Souza Carvalho, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico da gestão de
Agnelo Queiroz (PT).
Também está na mira da operação,
batizada de (12:26), Marcelo Carvalho de Oliveira, ex-executivo do
grupo Paulo Octávio, um dos donos do Shopping Iguatemi. A PCDF
apura irregularidades para mudança de destinação de uma área para
ampliação do centro comercial, no Lago Norte.
De acordo com a Polícia Civil,
representantes do shopping estiveram no Palácio do Buriti duas vezes entre
2016 e 2017 para conseguir aumentar a área de ocupação do empreendimento, mesmo
em desacordo com a Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos).
Há suspeita também de
favorecimento em pagamento de dívidas pela Secretaria de Saúde a hospitais
particulares e de ilegalidades em contratos firmados pela Casa
Civil. As investigações mostram que, em 2015, teria sido
paga a quantia de R$ 1 milhão “a título indenizatório e sem cobertura
contratual” ao Hospital Home.
“Os elementos informativos
coligidos indicam que o acordo ilícito entre os investigados está assentado de
forma duradoura, haja vista a existência de atos concretos de crimes praticados
por eles há aproximadamente três anos, os quais constituem objeto de Inquérito
policial”, destaca a Polícia Civil.
Ainda de acordo com a
corporação, os indícios do tráfico de influência foram
identificados durante investigação de suposta fraude ocorrida na
concessão do serviço de transporte público coletivo do Distrito Federal. O
nome da operação (12:26) faz referência ao provérbio bíblico do Antigo
Testamento que diz: “O homem honesto é cauteloso em suas amizades, mas o
caminho dos ímpios o leva a perder-se”.
A operação conta com a participação
da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) do
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Durante as
investigações, a PCDF descobriu indícios de que Luiz Fernando
Messina participou de esquema com os demais envolvidos para buscar
vantagens no GDF em negócios privados.
O outro lado
O Metrópoles acionou a assessoria do Palácio do Buriti. O órgão informou que só se manifestará após entrevista a ser concedida pela Polícia Civil, marcada para a manhã de hoje.
O Metrópoles acionou a assessoria do Palácio do Buriti. O órgão informou que só se manifestará após entrevista a ser concedida pela Polícia Civil, marcada para a manhã de hoje.
O deputado Rodrigo Delmasso disse,
por meio de nota, que determinou a exoneração do Hermano Gonçalves, “pois não
oriento e não tolero nenhum tipo de desvio de conduta dos meus assessores. Meu
mandato é exercido pautado na ética, transparência e legalidade”.
Também em nota, o Shopping
Center Iguatemi Brasília esclarece que todos os requerimentos inerentes aos
planos de expansão do empreendimento foram devidamente protocolados atendendo
aos trâmites legais. A reportagem tenta contato com os demais citados.
Operador da propina
Denúncias contra Marcello Nóbrega não são novidades no governo Rollemberg. Ele foi investigado na CPI da Saúde, em 2016, por suspeita de favorecimento na liberação de recursos oriundos de emendas parlamentares a hospitais particulares.
Denúncias contra Marcello Nóbrega não são novidades no governo Rollemberg. Ele foi investigado na CPI da Saúde, em 2016, por suspeita de favorecimento na liberação de recursos oriundos de emendas parlamentares a hospitais particulares.
Marcello Nóbrega teve o nome
mencionado em conversas gravadas pela presidente do SindSaúde, Marli
Rodrigues, sobre
uma suposta corrupção em contratos do governo. Segundo
depoimento da sindicalista à CPI da Saúde, Nóbrega seria um
dos operadores do esquema. Por conta das denúncias, ele também entrou na mira
da Operação
Drácon, que investiga a destinação de emendas parlamentares em troca
de propina.
Segundo Marli Rodrigues
disse à CPI, Marcello Nóbrega teria sido indicado pela
primeira-dama Márcia Rollemberg e era quem segurava os processos e atrapalhava
o trabalho dos secretários que passaram pela pasta. Ele também foi o
responsável, de acordo com Marli, por rasgar uma nota de empenho da compra de
marca-passos, que posteriormente acabaram sendo adquiridos com valor acima do
mercado.
À CPI, na época do seu
depoimento em 2016, Nóbrega negou qualquer irregularidade. A proximidade
dele com o comando do Buriti, entretanto, foi reforçada pelo
depoimento do ex-secretário de Saúde Fábio Gondim à CPI. Ele sugeriu que
desentendimentos com o subsecretário motivaram sua saída do cargo.
Ao ser indagado pelos
distritais sobre os motivos de sua curta permanência à frente da
secretaria, Gondim relatou que não gostava da “postura agressiva” de Nóbrega
com alguns servidores. Segundo ele, Nóbrega não perdia a oportunidade de
mostrar ostensiva aproximação com o governador Rodrigo Rollemberg.
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