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ROLLEMBERG LEVA MAIS UMA SURRA DE IBANEIS ROCHA EM U MAIS UM DEBATE
17:35Brasília, Brasil e o mundo sem retoques!
ROLLEMBERG LEVA MAIS UMA SURRA DE IBANEUIS ROCHA EM U MAIS UM
DEBATE
Rollemberg e Ibaneis trocam agressões no debate do Metrópoles
Portal promoveu seu 1º embate entre buritizáveis neste
segundo turno, com transmissão ao vivo nos canais do site e em 6 rádios
parceiras
O primeiro debate promovido pelo Metrópoles neste
segundo turno da campanha pelo Governo do Distrito Federal (GDF) foi o mais
quente das Eleições 2018. Assim como se viu pelas ruas brasilienses nesta
segunda fase da corrida eleitoral, o clima do evento foi bastante tenso, com o
ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal
(OAB-DF) Ibaneis Rocha (MDB) e o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) trocando acusações
mutuamente.
O clima esquentou a partir do fim do primeiro bloco, quando
Rollemberg disse que Ibaneis “sente que já ganhou”. Depois, Ibaneis, ao falar
sobre a entrega de escrituras, atacou: “Não é à toa que é chamado de Pinóquio
pelas ruas”. Os dois postulantes a governador, inclusive, chamaram-se de
mentirosos em diversas ocasiões. Enquanto o emedebista acusava Rollemberg de
ser “playboy”, abusar do poder político na campanha e incompetência
administrativa, o socialista disse que Ibaneis comprou apoios, é “criminoso” e
“grileiro vertical”.
Críticas que se repetiram enquanto os candidatos precisavam
responder perguntas – tanto dos jornalistas do portal quanto de um para o
outro – sobre saúde, segurança, funcionalismo público, orçamento e ordenamento
territorial, entre outras. A cada promessa do opositor, o
outro aspirante ao Palácio do Buriti apontava supostas
impossibilidades de a proposta sair do papel.
É preciso conhecer
Ao se despedirem, ambos os candidatos pediram desculpas aos eleitores pelo tom do embate, mas justificaram ser preciso conhecer bem quem se propõe a governador a capital do país pelos próximos quatro anos. Ibaneis aproveitou para criticar o slogan de campanha do adversário, “Brasília de mãos limpas”. “Sobre as recentes denúncias, ele [Rollemberg] desqualifica a Policia Civil do DF, que investiga a família dele, que investiga os negócios, investiga também pessoas muito próximas a ele, como nós vimos hoje numa reportagem do Metrópoles que revelou a busca e apreensão na casa de uma das pessoas mais próximas ao governador, o [ex-integrante da cúpula do GDF] Igor Tokarski”. Transmissão
O primeiro debate do Metrópoles nesta etapa final das eleições foi realizado a apenas 11 dias da votação em segundo turno. Ibaneis lidera as pesquisas de intenção de voto: segundo sondagem do Ibope divulgada nesta noite (17/10), o emedebista tem 75% dos votos válidos, contra 25% do atual governador.
Ao se despedirem, ambos os candidatos pediram desculpas aos eleitores pelo tom do embate, mas justificaram ser preciso conhecer bem quem se propõe a governador a capital do país pelos próximos quatro anos. Ibaneis aproveitou para criticar o slogan de campanha do adversário, “Brasília de mãos limpas”. “Sobre as recentes denúncias, ele [Rollemberg] desqualifica a Policia Civil do DF, que investiga a família dele, que investiga os negócios, investiga também pessoas muito próximas a ele, como nós vimos hoje numa reportagem do Metrópoles que revelou a busca e apreensão na casa de uma das pessoas mais próximas ao governador, o [ex-integrante da cúpula do GDF] Igor Tokarski”. Transmissão
O primeiro debate do Metrópoles nesta etapa final das eleições foi realizado a apenas 11 dias da votação em segundo turno. Ibaneis lidera as pesquisas de intenção de voto: segundo sondagem do Ibope divulgada nesta noite (17/10), o emedebista tem 75% dos votos válidos, contra 25% do atual governador.
Em meio ao fogo cruzado, está o eleitor. A fim de levar
informações a um maior número de pessoas, o Metrópoles formou
uma grande rede de comunicação. Além do site e dos perfis do portal
no Facebook, YouTube e Twitter, o embate de
ideias entre os buritizáveis foi transmitido simultaneamente e em tempo real
pela Metrópoles FM (104,1), Redentor AM (110), Rádio Atividade
FM (107,1), Rádio Supra FM (90,9), JK FM (102,7) e JK AM (1410). Juntas,
as estações alcançam, em média, 60
mil pessoas por minuto.
ERROS E ACERTOS:




ERROS E ACERTOS:
Ibaneis Rocha (MDB) e Rodrigo
Rollemberg (PSB), que disputam o segundo turno da eleição para o governo do
Distrito Federal, participaram, na noite da quarta-feira (17), de um debate
promovido pelo portal Metrópoles. O encontro, que durou cerca de
uma hora, foi marcado por agressões e xingamentos. A Lupa checou algumas das
falas deles durante o debate. Veja o resultado:
“Dobramos o número de cirurgias no
Instituto Hospital de Base, desde que [ele] foi criado”
Rodrigo Rollemberg (PSB)
Segundo o Sistema de Informações Hospitalares do SUS, a média mensal
de procedimentos cirúrgicos realizados neste ano no Instituto Hospital de Base
(IHB) é menor do que a dos últimos dois anos. Em 2018, quando o Hospital de
Base do Distrito Federal passou a ser gerido pelo modelo do IHB, foram
realizadas 615 cirurgias por mês (de janeiro a agosto). Em 2017, foram 688
cirurgias mensais – um total de 8.257 procedimentos no ano. Em 2016, a média
mensal foi de 704 cirurgias, o que totalizou 8.452 procedimentos naquele ano.
Ou seja: o número de cirurgias não só não dobrou, como diminuiu desde que o
Hospital de Base passou a ser administrado como IHB.
Procurada, a assessoria de Rollemberg enviou números de um
sistema interno de gestão do IHB. Segundo esse sistema, em dezembro de 2017,
foram feitos 518 procedimentos cirúrgicos, enquanto em agosto deste ano, foram
946 – 90 cirurgias a menos do que “o dobro”, como cita o candidato. Além disso,
a comparação entre meses distintos de forma isolada não é adequada, por não
desconsiderar efeitos de sazonalidade.
“Como você [Ibaneis Rocha] consegue
dormir depois de ter retirado R$ 3 milhões das crianças de Jacobina (…)?”
Rodrigo Rollemberg (PSB)
Rollemberg se referia a uma ação civil pública movida pelo Ministério
Público Federal contra o candidato Ibaneis Rocha por suposto superfaturamento e
dano ao erário. O candidato do MDB é acusado de receber do município de Jacobina, na Bahia,
R$ 3.316.244,85 em honorários advocatícios de forma irregular. Segundo a ação,
o valor utilizado para pagar o escritório de Ibaneis saiu do Fundef, o que é
considerado irregular pela Justiça. Também são alvos do processo quatro
advogados parceiros do político e seu escritório de advocacia.
Em junho, o Tribunal Regional
Federal da 1ª Região bloqueou o valor em questão da conta de Ibaneis. Mais
tarde, o bloqueio foi substituído pela hipoteca de um imóvel de propriedade do
candidato, que pode ir a leilão. No entanto, Ibaneis não foi condenado neste
processo. Atualmente, o caso ainda tramita no TRF-1. Veja mais aqui.
Procurada, a assessoria de Rollemberg disse que o candidato não
afirmou que Ibaneis tinha sido condenado, “e sim que foi acusado pelo MPF”.
“Já tive minhas contas de 2015 e
2016 aprovadas”
Rodrigo Rollemberg (PSB)
De fato, o Tribunal de Contas do
Distrito Federal aprovou as contas dos dois primeiros anos do mandato do
governador e candidato Rodrigo Rollemberg. Contudo, em ambos os anos, as contas
foram aprovadas com ressalvas pelo órgão (aqui e aqui).
Procurada, a assessoria de Rollemberg disse que a aprovação
das contas com ressalvas “é um procedimento comum.”
“Tivemos a maior redução no número
de homicídios do Brasil (…). Quem reconhece (…) é o Fórum Brasileiro de
Segurança Pública”
Rodrigo Rollemberg (PSB)
De acordo com o último
anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, as mortes violentas
intencionais (resultado da soma de homicídios dolosos, mortes decorrentes de
ações policiais, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte) tiveram
queda de 32,3% durante a gestão de Rollemberg. Foram 767 ocorrências em 2014
contra 554 em 2017. Essa, de fato, foi a maior redução do índice no Brasil –
seguida por Mato Grosso, que apresentou uma queda de 27,6% no número de mortes
violentas.
“O senhor [Rollemberg] foi eleito
junto com o Agnelo [Queiroz]”
Ibaneis Rocha (MDB)

Em 2010, Rollemberg foi eleito senador pelo PSB com o apoio de
11 partidos, entre eles o PT, do então candidato a governador Agnelo
Queiroz. O MDB, partido no qual Ibaneis é filiado, também fazia parte da
chapa.
“Foi eleito junto com o [José
Roberto] Arruda”
Ibaneis Rocha (MDB)

José Roberto Arruda, ex-governador
do Distrito Federal, e Rodrigo Rollemberg nunca dividiram chapa. Em 1998, Rollemberg foi eleito deputado distrital. Seu
partido, o PSB, apoiou a candidatura de Cristovam Buarque, então no PT. Arruda,
que era senador pelo PSDB, foi candidato a governador e ficou em terceiro
lugar.
Em 2002, foi a vez de Rollemberg ficar em terceiro lugar na
disputa pelo governo do DF. O PFL, então partido de Arruda, apoiou Joaquim
Roriz (PMDB), que acabou eleito. Naquele ano, Arruda se elegeu deputado
federal.
Em 2006, Rollemberg foi eleito deputado federal em chapa que
apoiou Arlete Sampaio (PT) para o governo. Arruda foi eleito governador pelo
DEM.
Em 2010, Rollemberg foi eleito senador e apoiou o petista
Agnelo Queiroz. Arruda não foi candidato, mas seu partido apoiou Weslian
Roriz (PSC). Por fim, em 2014, Rollemberg
se elegeu governador. Arruda tentou
disputar, pelo PR, mas sua candidatura foi indeferida. Posteriormente, ele
apoiou Jofran Frejat (PR).
Procurado, Ibaneis não retornou.
“Eu pedi o impeachment do Temer
como presidente da Ordem [dos Advogados do Brasil, OAB] e como dirigente do
Conselho Federal”
Ibaneis Rocha (MDB)

Em 2017, o Conselho Federal da OAB ingressou com um pedido de
impeachment contra o presidente Michel Temer. Desde 2016, Ibaneis é um dos 78 integrantes do Conselho, mas não preside
a instituição – o cargo é exercido por Claudio Lamachia. O candidato a governador presidiu a seccional do
Distrito Federal da OAB, entre 2013 e 2015, mas nunca chegou a presidente
nacional da Ordem.
Procurado, Ibaneis não retornou.
“Compras para a casa [Residência
Oficial de Águas Claras], que são da ordem de R$ 1 milhão, só para alimentar a
ele [Rollemberg], sua família e os servidores que ficam na casa”
Ibaneis Rocha (MDB)

Segundo o Portal da
Transparência do Governo do Distrito Federal, o governo não chegou a gastar
mais do que R$ 200 mil com alimentos para a Residência Oficial de Águas Claras
em nenhum ano da gestão de Rollemberg. Em 2015, o gasto total com material de consumo para a
casa foi de R$ 186,2 mil. Em 2016, esse gasto caiu para R$ 16,5 mil. Em 2017, o valor subiu novamente para R$ 113,9 mil empenhados,
dos quais R$ 107,8 mil foram efetivamente pagos.
Por fim, em 2018, o governo do Distrito Federal empenhou R$ 198,8 mil,
sendo que R$ 24 mil foram efetivamente pagos até agora. No total, foram
empenhados R$ 516 mil em quatro anos – um pouco mais da metade do valor
mencionado por Ibaneis. Do total empenhado, R$ 335,1 mil já foram efetivamente
pagos.
Procurado, Ibaneis não respondeu.
Reportagem: Chico
Marés, Clara Becker e Nathália Afonso. Edição: Natália Leal e
Cris Tardáguila
METRÓPOLES.COM-DF
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